segunda-feira, 8 de março de 2010

Vertentes

Te juro que tento entender
Mas não consigo, por mais que tente
A necessidade que tenho de você
Não me deixa pensar direito...então me calo

Queria botar para fora toda essa agonia
Mas engulo a seco e deixo que me vença o orgulho
Melhor que caminhemos por estradas paralelas
Assim eu não me firo e também não firo você

Me deixe seguir sem se preocupar
Sei bem que meu caminho eu mesma faço
Se com rosas ou espinhos...não importa
O que conta é chegar ao meu destino (se é que tenho um)

Vou seguindo...retirando as pedras por quais passar
E tentando não machucar meus pés cansados
Tomara que você só ande por tapetes de flores macias
Mas não me peças mais para te acompanhar

Chegamos numa vértice sem volta
Agora eu vou para um lado e você segue para outro
Talvez um dia as mágoas se dessipem, se desfaçam
E nossos caminhos tornem a se encontrar e possamos juntos caminhar...

Fica por aqui, no ponto culminante
Eu sigo o lado que sei, você não vai estar
Somos seres destinados a caminhos separados
Peregrinos que apenas um dia se cruzaram

Agora é cada um por si
Vá em paz e deixe que eu me vá também
Na esquina ali na frente, eu sei que terá outro alguém
Que com certeza irá me acompanhar...por um tempo

(Nane-08/02/2010)

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