quarta-feira, 31 de agosto de 2016

9 DE SETEMBRO


Lá vem outra primavera
Trazendo o canto dos pássaros
Esfomeados pelas frutas da estação
Em busca do calor dos trópicos

Lá vem meus anos acumulados
Num final de estação
Que pensei ser primavera
Mas que nunca passou de um inverno

Quando entrar setembro
As boas novas não virão
Mesmo que eu plante no chão
Sonhos de notívagos embriagados

Já foram tantas as estações
Que juntas somaram anos a fios
Resumidos numa última década
Resiliente da sapiência do entender

Falo por metáforas tão minhas
Verdadeiras e nem tão misteriosas
Onde quem não pode entender
Também não é digno de me conhecer

Deixa falar por mim a estação
Que se anuncia à minha aparição
Neste mundo de pura embromação
Que pensei ser primavera o que é inverno

Lá vem os pássaros famintos
Em busca das frutas e do sol
Lá vou eu perdida em pensamentos
Do que fui, do que sou e do que poderia ser

Abrem-se as flores
Impávidas e resolutas
Pouco se importando se é do inverno
O tempo digno de mais uma primavera

(Nane - 31/08/2016)





segunda-feira, 29 de agosto de 2016

REFÚGIO


Refugia-te na tua insanidade
Esquecendo frustrações
Ingratidão, desânimo, decepção
Do tanto plantado e na terra, ressecado

Foge, da tua realidade
E viva em devaneios
Que por vezes até vislumbro
Mas nesse mundo, não entro

Ataca, teu próximo
Que tenta te prover
Mas te chama à realidade
Sendo isso o que incomoda

Deixo-te insana
Vivendo tuas quimeras
Do que jamais será
Mas ainda é, em ti

Por onde andas
O que tu faz
Incógnita sem razão
Lógica do coração

Refugia-te então
Na tua insanidade
Enquanto falta-te a liberdade
De voltar a ser o que já fostes

Canta teus cantos de louvor
Segura na mão do teu Criador
Chora tuas lágrimas que ardem verde
Sorria na tua insana fantasia

(Nane-29/08/2016)

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

ANJO GUARDIÃO

A njo, Angélica
N ome algum definiria melhor

G ente luz e protetora
E spalhando amor
L evando esperança e dignidade

Seu nome veio a calhar
Na enfermeira das crianças

Na professora orientadora
Na protetora dos animais
Mulher de fibra e destemida
Conduzindo vidas desvalidas
Dos bichos abandonados e desgarrados
Por ela, eternos apaixonados
Mãe de tantos degredados
É por eles abraçada
Quando o brilho de seus olhares

Demonstram toda a sua gratidão
Hoje sou eu a te reverenciar
Por todo o bem que fez e faz
Mesmo sabendo que não terá reconhecimento
E que isto é só parte da sua missão
Te acham louca e sem ter o que fazer
Por cuidar, correr e recolher
Dos seres rejeitados pela sociedade
Cansada de brincar de cuidadores
Parabéns anjo querido

Pois só quem ama os animais
Tem a grandeza na alma que tu tens
Sem se importar com a opinião de ninguém

*Meu respeito e meu carinho por vc!

(Nane-26/08/2016)




quinta-feira, 25 de agosto de 2016

FLECHAS CERTEIRAS



Mergulhei em ti
Num passeio solitário
Revendo coisas que vivemos
Ouvindo coisas que dissemos

Fui em busca dos momentos
Em que nos achamos e nos perdemos

Na tentativa de entender
O que é apenas para sentir

O lirismo sempre existiu
Apenas mudou a poesia
O poeta, a musa, o leitor
São contos de páginas viradas

A boca ressecada pela sede
Faz líquida a felicidade a ser sorvida
Na taça do cristal embevecido
Por te matar a sede enfim

Sem culpas ou desculpas
Caminhei e te revirei do avesso

Em busca de uma nova tentativa
De um destino premeditado

Mas ouvi flechas certeiras
Rasgando minhas entranhas
Com palavras inerentes
De arqueiro decisivo


Desistir não posso, não está em mim
Pedante e pedinte, também não mais
Voltei à tona de ti

Vou mergulhar em outro mar...

(Nane-25/08/2016)



terça-feira, 23 de agosto de 2016

PRECE DO DESESPERO


O que faço  com essa coisa no peito
Que não sei definir
Se dor, ardor, ou bolor
Mas que pesa, sufoca e desespera

Rezo pra Santa
Mas o copo na mão
Me faz errar as contas
Do meu terço bizarro

Deus, ouça a minha prece
E perdoa meu hálito
Me perdi no meio do caminho
Ja nao sei do certo e nem do errado

Eu tinha um barbante na mão
Mas perdi o fio da meada
Restou-me o copo na mão
E o minotauro pronto a me devorar

Misturo alho com bugalhos
E sei que pouco valho
Mas Deus, livrai-me desse desassossego
Que me consome e me embriaga

Nada mais ouso pedir
Na prece que tento terminar
Antes que essa coisa no peito acumulada
Exploda e me aniquile

Pesa-me a respiração
Cheirando a fumaça e álcool
Dos tocos dos cigarros fumados
E das cervejas pela goela deglutidas

Só  um pouco de paz
É  o que peço  nessa prece distorcida
Afasta de mim esse cálice
E tira tudo isso de mim

Amém.

(Nane - 23/08/2016)

O JOGO DA VIDA

Uma foto, um jogo
Uma marra, uma rede (social) antiga
Um desaforo, uma pirraça
Um encontro, uma eternidade

Fugaz empatia
Virando versos de poesias
De uma linda amizade
A quilômetros de distância

A marra virou simpatia
A foto ficou na retina
A distância (física) permanece
A amizade fez dos corações, moradia

O jogo foi vencido
O troféu foi meu e seu
As cartas estão na mesa
Sigamos juntas...vencendo

*Parabéns minha grande amiga!


(Nane-23/08/2016)

POESIA MORTA


Só  o que eu queria
Um minuto só do seu dia
Uma palavra só
Um sorriso só

A eternidade contida
Na imensidão do infinito
Num só minuto
De só um dos seus dias

No entanto se cala
E nada me diz
Tão pouco me olha
E se sorri, é por sarcasmo

Teimo em aguardar
Um gesto único
Tentando interpretar
O que não me diz respeito

Palavras vãs me ditam a escrita
Perdidas em rimas também vãs
Transformadas em poesias opacas
Perdidas em prosas só do autor

Não levantam voos
Não se perdem no ar
Morrem no fundo da garganta
Ou criam bolor no fundo da gaveta

São poesias direcionadas
Sem respostas, ignoradas
São poesias mortas
De um poeta moribundo

Só o que eu queria
Um minuto só do seu dia
Uma palavra só
Um sorriso só

(Nane- 23/08/2016)


sábado, 20 de agosto de 2016

SALVADOR, TERRA DO AMOR (JANE CARVALHO)

Salvador, Salvador
Terra  do amor
De gente bonita pra caralho
Feito essa tal Jane Carvalho

Me perdoe o palavrão (era preciso)
Não pela riminha
Já que uma palavrinha
Não expressaria essa explosão

Mulher das artes
Mulher da justiça
Mulher da casa
Mulher da Bahia

Salvador, Salvador
Terra das medalhas
Orgulho do boxe e da canoagem
Presentes para ti (Jane) com louvor

Sensualiza Salvador
Nessa mulher faceira e linda
De um sorriso encantador

E lume na aura advinda

Orgulhe-se São Salvador
De ser berço desta tua filha
Decantada em flor e poesia
Encantando o nosso dia a dia

*Parabéns Jane Carvalho!

(Nane-20/08/2016)










terça-feira, 16 de agosto de 2016

INSTANTES


Aprendi com o palhaço do Boll
A importância dos instantes
Sejam eles reais, ou su
São o que nos moldam a vida

Sorri ao amanhecer
Por ter passado a noite com você
Se sonho ou fantasia, pouco importa
Foram instantes de alegria

Teu corpo abraçando o meu
Tua voz sussurrando em meus ouvidos
Teu cheiro inebriando meu espírito
Fui feliz a noite inteira

O dia agora está vazio
O sol lá fora me perece nublado
O instante não é de felicidade
Mas é o meu instante a ser vivido

Coleciono todos eles
Guardados dentro de mim
Por vezes revivo os mais felizes
E faço adormecer os entristecidos

Meus instantes são todos meus
Com ou sem companhia
Vivo-os tão intensamente
Enquanto os tenho para viver

Aprendi com o palhaço do Boll...

(Nane - 16/08/2016)

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

DIÁRIO SECRETO

Perdoe a invasão
Nas escritas secretas
Tão suas

Li, e algumas reli
Nas madrugadas insones
Que tinhas por companhia, a caneta

Chorei com algumas
Sorri com outras
E te ouvi de novo

Revi teus trejeitos
Do jeito que falavas
Quando conosco "brigava"

As preocupações que te rondavam
E te fizeram perder o sono
Em tantas noites mal dormidas

O medo tão explícito
De uma perda qualquer
Dos seres tão amados

A dor te consumindo
No fato consumado
A fé te reerguendo

A saudade mutilando
Os tempos idos do teu lado
Agora em folhas, relembrados

Não dissemos tudo
Não há mais nada a ser dito
Só o silêncio sepulcral

Chove, uma chuva fina
Como nas muitas madrugadas em que escrevestes
As linhas de tantos anos que descobri/e li

Perdoe a invasão
Nas escritas secretas
Tão suas...

(Nane-15/08/2016)






quinta-feira, 11 de agosto de 2016

PORCELANATO

O teu silêncio me fere
Tal qual peixeira afiada
À rasgar as entranhas de um peixe
Expondo suas vísceras fétidas

Havia entre nós uma intimidade

Perdida na arrogância soberba
Calcificada sobre o chão de nossos dias
Achafurdados no piso (novo) de porcelanato

Hoje reflete nesse espelho
A frieza efêmera e delicada
Temente de trincar num passo em falso
Manchando de sangue o piso claro

E o teu silêncio cria em mim uma certeza
Que não tenho mais o direito
De pisar no chão seguro
Por onde um dia caminhei

Meus pés não se adaptaram ao piso liso
E escorregam a cada passo em falso
O desconforto nesse meu caminhar
Separa os caminhos que (um dia) trilhamos juntos

Incomoda-me a tua frieza
E o teu pouco com isso se importar
Já não sei o que dizer
Nem tão pouco em que chão pisar

O teu silêncio me fere
Tal qual peixeira afiada
À rasgar as entranhas de um peixe
Expondo suas vísceras fétidas

(Nane-11/08/2016)

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

INQUILINA DO CORAÇÃO

Da Bahia veio
A menina de Feira
Que um dia, do nada
Em nossas vidas, entrou

Honrando a tradição
Rodou sua "baiana" e ficou
Para sempre entre nós
Mesmo que seja nos corações

Minha mãe por ela se apaixonou
E não a deixa mais sair
Ela, intrusa se alojou
Sem sequer o aluguel (dos corações) pagar

Grita e fala alto o tempo todo
Dorme muito e come pouco
Não desgruda do celular
Mas ainda assim eu gosto dela

Tá fazendo aniversário
Ficando velha sem saber
Só pensa no presente do seu pai
E esquece o tempo que está passando

Doidivanas da porra essa baiana
Que se diz chamar Gabi
E tem a cor de canela
Mas tá mais para a Amarantes

Kleydianne com dois "enes"
Apareceu e é aparecida
Resta então à nós a parabenizar
E só muita felicidade te desejar

(Nane-10/08/2016)


terça-feira, 9 de agosto de 2016

APOLOGIA AO RIO DE JANEIRO

                                                       Taí o tapete vermelho estendido
                                                       Para quem quiser chegar
                                                       O Rio de Janeiro está mais lindo ainda
                                                       E ninguém pode negar
                                                         
                                                      Do VLT ao Redentor
                                                      O Rio abriga e não obriga
                                                      Quem desdenha sua beleza
                                                      E só enxerga a violência

                                                     A pira iluminada
                                                     Sob as bênçãos da Candelária
                                                     Aquece a alma do povão
                                                     Com seus telões na olimpíada 


                                                     Lá do alto do corcovado
                                                     O Cristo agasalha com seus braços
                                                     Do trombadinha ao ricaço
                                                     Que faz do Rio o seu espaço

                                                    Venha quem vier
                                                    Chegue de onde chegar
                                                    O Rio de Janeiro está mais lindo do que nunca
                                                    E aqui todos são bem-vindos

                                                   (Nane-09/08/2016)










RAFAELA É COISA DE FAVELA

Cidade de Deus é o maior barato
Tem mais uma Silva bem treinada
Enchendo de orgulho os brasileiros
Que dela fizeram pouco

Podia ter sido bronze
Ou até mesmo prata
Mas foi ouro do maior quilate
Pra menina da favela

Nem São Paulo, Minas ou Bahia
Rio de Janeiro, Ceará ou Paraíba
A medalhista é brasileira

Mesmo sendo coisa de favela

O sonho olímpico realizado
Apesar de todo os preconceitos
Passando por cima de todos os obstáculos
O ouro também é coisa de favela

Agora é só ser feliz
Na favela onde nasceu
Encher o peito de orgulho ao afirmar
Que Rafaela Silva também é coisa de favela

(Nane-09/08/2016)



UM CÉU DE QUIMERAS

Numa noite sem lua
Escondida por sob as nuvens
Basta-me o acinzentado do céu obscuro
Para entender a primazia
De se viver por entre as nuvens

Basta-me também o último copo de cerveja
E talvez mais uns cinco ou seis cigarros
Para que eu elucide o emaranhado de palavras
Que rugem no meu íntimo rarefeito
Dosadas pelo índice etílico da cevada

Por onde ande o poeta nas vielas da cidade
Onde a corja se estende no cair da noite escura
Há, ele, de rimar sua ira, seus ciúmes e suas dores
Com a pobreza de seus sentidos prolixos
Na poesia hipócrita pedinte e pedante de um amor...perdido

E numa noite sem lua
Escondida por sob as nuvens
O poeta, sem ter com quem conversar
Escreve palavras oriundas
Da dor curtida e mantida em goles profícuos

Extirpa-se as tripas do poeta
Nas frases não ditas na poesia
Por não poderem serem ditas
Ou tão pouco entendidas
Na noite sem lua e acinzentada

O quinto cigarro aceso
Um último gole de cerveja
As palavras já embaralhadas
Uma lágrima embaçando as letras
Um rosto fincado na retina

Adormece a poesia feito um gato
Solitário, em busca do luar
Que escondido por sob as nuvens,
Mira no seu céu de quimera
Que acredita, ainda estar lá...

(Nane-09/08/2016) 


quinta-feira, 4 de agosto de 2016

SENHORA DE TRÁS-OS-MONTES


Bela senhora de Trás-os-Montes
Olhando serena as águas do Douro
Embevecida com o odor do Porto
Entre as vinhas celebradas

Tinge de rubro seus delicados dedos
No tinto da fruta de Baco
Enquanto absorta, passeia
Por teu berço esplêndido

Ah...minha cara senhora
De um semblante tão gentil
E o olhar quase infantil
Escondido sob as abas de seu chapéu

Embriaguei-me com teu sorriso
Apenas insinuado
Ofuscando as rosas amarelas
Que te deixam ainda mais bela

Generosa terra do Douro
Guarda contigo esse tesouro
Que aqui, no além-mar
Guardo no coração tua amizade

(Nane-04/08/2016)



LÍRICOS MELANCÓLICOS


Não exijas de mim além do que posso te dar
É sim, infinito o meu amor
Mas meu corpo, já cansado e fragilizado
Não suporta mais os teus desmandos

Eu, no silêncio do meu grito
Tento, com todas as minhas forças
Atender aos teus desvarios
Quando o "se" entra em questão

"Se eu tivesse"
"Se eu pudesse"

"Se eu fizesse"...

O tempo soberano
Levou embora teus poderes
Nada mais podes fazer
Te contentas com o que restou do teu ter

E creias
É bem mais leve do que os meus
Posto que nada tenho
Nada posso e nada faço

Viajas em tuas quimeras bolorentas
Enquanto vivo minhas certezas culpadas
Na intolerância de meus gestos
Metódicos, rotineiros e sem emoção

Meu lírico é shakespeariano
Sem a genialidade do britânico
A ti resta a melancolia
Que nos une numa mesma e triste poesia

Não exijas de mim além do que posso te dar...

(Nane-04/08/2016)



DESAMOR

Triste história a do desamor
Que se despe do amor
Na lápide fria da memória
Esquecida...

Não, não falo do físico
Da saudade que porventura, ficou
Da pessoa que se foi e não voltou
Mas do sentimento que se transformou

O vazio locado onde dantes
Morava o amor
Fazendo do aconchego de outrora
Lugar sem luz nenhuma

A sensação do ridículo
Tomando o espaço que antes
Eram dos sonhos e fantasias
Transformados em poesias

O desenho se apagando
Na retina da tela vazia
Que dantes ocupava por inteiro
Nas formas do amor sentido

Veio o desamor
Calejado e moldado pelo tempo
Despojando tristemente todo o sentimento
Que um dia julguei ser imortal

Triste não é deixar de te ter
Triste é deixar de te amar...

(Nane-04/08/2016)





terça-feira, 2 de agosto de 2016

SÍNTESE DE MIM


Resta-me a essência
De tudo o que fui
Nos meandros da vida
Que vivi

O silêncio mortal
Nos recôncavos vazios
Sem eco nenhum
Assusta e incomoda

Palavras dançantes
Sem som algum
Sem rima nenhuma
Poesias mudas

Coração acelerado...

Resta-me a essência
Que não sei se quero mais
Reconstruir o que fui
Ou só recomeçar

No silêncio de meus recôncavos
Faço paz de meus tormentos
Na solidão que me aprouve
Perdida em mim mesma

Ainda assim...resta-me a essência

(Nane-02/08/2016)


NA LOUCURA FELIZ


Brincando com as palavras
Rimei mamão com coração
Sem nenhuma pretensão
De uma poesia rabiscar

Fiz do seu, o sonho meu
Abrindo mão da realidade
Viver contigo em fantasia
É a minha mais linda poesia

Chamam-me por isso, "louca"
Mas sou "louca" feliz
Melhor te ter assim
Do que perder você de mim

(Nane-02/08/2016)






segunda-feira, 1 de agosto de 2016

TRÊS SAUDADES

Um ano
Dois anos
Oito anos
Bate o coração
Em compasso de saudades

Ficamos nós
Se foram eles
Libertos e plenos
Rumo ao horizonte
Por ora, a nós vedado

Ressoam ainda as vozes
E os sorrisos que deixaram
No convívio de outros tempos
Marcados em cada um de nós
Na lágrima rolada na face

Três saudades pertinentes
Delineando na tela da retina
A presença para sempre fixada
De quem partiu sem dizer adeus
Trancafiados em nossos corações

Um ano
Dois anos
Oito anos
Amores são eternos
E não morrem jamais

(Nane-01/08/2016)