quinta-feira, 25 de março de 2010

A Guerreira - VII (A História de Lívia)


O casamento de Léia


A casa dos Silveiras estava em polvorosa! Leia,
a mais velha das filhas de Lívia se casaria e
a festa estava sendo preparada. Jorge, como
sempre, tratou para que fosse uma festa ines-
quecível! Contratou um churrasqueiro profissio-
nal, e dona Marocas, uma quituteira de primeira
foi a encarregada dos acompanhamentos...
A casa nunca havia ficado tão cheia como naque-
le dia! Lívia estava feliz, afinal revia alguns
de seus irmãos, que vieram de Minas para o casamento.
Léia era bastante batalhadora, e ela mesma comprou
seu vestido de noiva. Comprou também roupas novas
para que Lívia vestisse toda a prole...ela, aliás,
era quem distribuía presentes nos Natais, para os
irmãos. Léia trabalhava nas Lojas Americanas e foi
lá que conheceu o Pedro, um profesor que morava em
um hotel ao lado da loja em que ela trabalhava.
Léia se casou na igreja que frequentava com a mãe
desde a infância, e foi um casamento muito bonito!
A festa correu a noite toda! As crianças se decep-
cionaram um pouco, já que acharam que iríam se em-
panturrar com as guloseimas típicas de festas de
casamentos e com o churrasco farto, mas era tudo
vigiado e dosado por pessoas desconhecidas
que mandavam e desmandavam dentro da casa delas.
Lúcio tentava o tradicional "sabe com quem tá
falando?" - Eu sou irmão da noiva! Ao que respon-
diam de prontidão: - Você e o resto aqui! Nunca vi
noiva ter tantos irmãos assim! Vai prá fila moleque,
senão não ganha nem um pedaço de bolo!
Foi realmente uma festa chic e inesquecível, mas
para a criançada...foi um fiasco só.
Léia partiu cedo para São Lourenço, onde passaria
a lua de mel. Lúcia, a pequenina, chorou horrores!
Ela era muito agarrada a Léia, e não admitia a ideia
de que a irmã a deixasse para ir morar em outro lu-
gar.
A casa dos Silveiras começava a esvaziar...era a
primeira que saía das barras da saia de Lívia...

(Nane-25/03/2010)

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