terça-feira, 26 de junho de 2018

RUMO AO INEXORÁVEL

Eternamente seu
Esse coração bandido
Que mesmo deteriorado
Pulsa forte por você
Ainda que ele pare
E não mais regue a vida
Ainda assim
Será eternamente seu

Posto que esse coração
Foi moldado com sua forma
E quando Deus, nele soprou
Seu nome, num sussurro, ele disse
Atando à eternidade
O pulsar ritmado que me faz te encontrar
Onde e quando quer que eu vá
Ele (o coração) vai te achar

Vidas e vidas afins
De encontros e desencontros
Encantos e desencantos
Mentiras e verdades
Entre sonhos e pesadelos
No limiar dos absurdos
Efêmeros momentos
Redividos no infinito

Pouca importância tem
Embora relutante
A ausência nesse instante
Da presença física 
Posto a certeza de que virá
A hora de mais um reencontro
E nos será dada outra chance
De finalmente encontrar a nossa paz

(Nane - 26/06/2018)
Arte de Nequitz Miguel

FORMAS ETÉREAS

Traz-me a noite os fantasmas
Que consomem-me os neurônios
Já desgastados pelo tempo
Em franca decadência

Os olhos, já anuviados
Veem formas distorcidas
São seres etéreos e quiméricos
De um estar sem nunca ter sido

Conversam comigo na madrugada
Em que tento não escutá-los
Cubro a cabeça com a coberta
Mas não adianta de nada

As vozes infiltram em meu cérebro
Gritam, sorriem e debocham
A tv ligada é meu recurso
Mas não consigo escutá-la

As formas teimam em me mostrar
Cenas do que não quero ver
Meus olhos já não têm mais reflexos
A visão é o que quer me dizer

Tento me desvencilhar
Forçando o pensamento
Em algum outro lugar
Mas não consigo em nada fixar

Só o cansaço há de me livrar
Do pesadelo de enxergar
As formas que teimam em desfilar
No umbral da minha percepção

A claridade de mais um dia se aproxima
Meus olhos cansados, piscam alongados
Enfim, tudo se apaga
Adormeço...mais uma noite passou

(Nane - 26/06/2018)




segunda-feira, 25 de junho de 2018

PRECE DOS DESESPERADOS

Ilumina meu Pai
As decisões a serem tomadas
Livra-me dos rompantes
Guia meus instintos

Afasta de mim a injúria
E a cegueira que induz
Que eu possa caminhar por entre as trevas
Sabendo que teu cajado me conduz

Perdoa, meu Pai
A soberba da autoridade
Que por vezes me faz perder a noção
Do que é o certo e o errado

Não permita que meus desvarios
Atinja aos que me são caros
Antes disso, Senhor te peço
Me dizime feito erva daninha

Faz de mim tua serva
Nas entranhas do obscuro
Reencontrando os perdidos
No limbo pré nefasto

Se assim não for, meu Pai
Permita que eu me afaste
E apague de mim mesma
O que intentei por ideal

Deixe que o nada me domine
Que meu tudo seja o nada
Que minha vida seja a morte
E que a morte seja a minha vida

Amém

(Nane - 25/06/2018)


sexta-feira, 22 de junho de 2018

SONHANDO COM HARRY

          A noite fria regada à cerveja me fez lembrar de Harry. Por onde andaria aquele "Cabra safado" que teima em frequentar meus sonhos, sem que eu possa o expulsar. O fdp me faz a própria, me deixa sem rumo, arquejante e pedinte, mesmo sabendo do seu bafo de wisky falsificado, do seu cheiro do fumo enrolado, da sua falta de filling comigo, me extasio só com a possibilidade de me apequenar nos seus braços.
          Eu no sudeste, ele no nordeste. O teor etílico provoca arrepios. A cama vazia me aguarda.
Harry é só um sonho que tenho ao ler um poeta lascivo lá pelas bandas de Alagoas, me lembrando tantos tons de cinza, vermelho e azul, num arco-íris latino e profano, pronto a me seduzir.
Harry é endiabrado.

(Nane - 22/06/2018)

quinta-feira, 21 de junho de 2018

SEM UM FINAL FELIZ

Te queria
Com toda a força que há em mim
Te queria
Por todo amor que mora em mim

Você, tão distante
Sequer sabe de mim
Que importância tem isso
Se o meu querer me fez assim

Te queria
Com a força do meu pensamento

Subjugado a esse sentimento
À minha revelia

Que se escolha, tivesse
Ainda assim te quereria
Por não querer te esquecer
Para que não se abstraia a poesia

Te queria
Como um pássaro ao voo livre

Desvencilhado da gaiola
Ainda que não soubesse para onde iria

Te queria sim
Mas sei que o meu querer não basta
Por depender do seu
Que por não me querer, é o fim

(Nane - 21/06/2018)


quarta-feira, 20 de junho de 2018

DESPERTAR DE UMA POESIA

Hoje o dia vem
Me encontrar assim
Mergulhada numa inércia
Sem vontade de levantar

Não, não é pelo frio
Nem tão pouco depressão
É só uma vontade de nada não
Consumindo minha coragem

Dormir o dia inteiro
Escrever na madrugada
Sem ter hora para nada
Sem preocupação com o dinheiro

Pensar em tudo o que não fiz
Esquecer de tudo o que sempre quis
Viver a inércia intensamente
Como se o mundo não existisse

À noite, ah a noite
Uma cerveja gelada
Há de me inspirar
Em meu destino insone

Deixa meu dia apagar
A luz do sol lá fora
Enquanto eu adormeço
Para uma nova poesia...chegar

(Nane - 20/06/2018)

terça-feira, 19 de junho de 2018

À LUZ DE VELA

Por onde eu ando
Não vejo luzes
Mas há beleza
Na escuridão

As silhuetas que dançam
Sob o halo de uma vela
Acesa em minha mão
Acende-me a imaginação

A vela que arde limita
O tempo de uma duração
Se há um pedido de perdão
É bom que venha logo

Enquanto a chama declama
De forma insinuante
De acordo com o vento que sopra
Sua poesia que inflama

Não serão os sete dias
É só uma vela vazia
Abstenha-se do medo
Viva apenas esse dia

A escuridão te traz o sonho
No fechar dos teus olhos
Que enxergam além da vida
A vela que te acende

Só não permita que te queime
A cera que derrete, quente
Senão a vela se apaga
E a luz se acende

Por onde eu ando
Não vejo luzes

Mas há beleza
Na escuridão

(Nane - 19/06/2018)


EM ALGUM LUGAR

São lembranças que me levam
De volta a algum lugar
Do qual, nem sempre me recordo
Mais sei que estive lá

O vento teima em soprar
Vozes que estão à murmurar
Frases ouvidas e guardadas
Num tempo que não mais irá voltar

A lua ilumina a paisagem
Que (re) vejo além do meu olhar
Numa tela de quimera
Pronta a se desmanchar

A cama se desarruma no meu revirar
O sono se precipita e me assusta
Revolvo a coberta com calor
Enquanto os olhos parecem estatelar

A madrugada silencia a vida lá fora
Enquanto ouço meu próprio respirar
Nas imagens que teimam em voltar
De onde me deixei aprisionar

Talvez se eu me levantar...
Quem sabe, uma cerveja me acalme

Meus dedos parecem tamborilar (será Parkinson?)
Não quero escrever

Mas a danada da fumaça (do cigarro)
Traz de volta as lembranças envoltas
No fog de algum lugar
Em que eu sei, estive lá

Não quero escrever
Mas os dedos teimam em digitar
Nem sei que título vou dar
Só quando ler e reler

Com o polegar entre meus lábios
Seguro o cigarro enquanto penso
Uma canção toca no rádio
Enquanto o copo se esvazia

Não sei se isso é poesia
Talvez seja só saudades da boemia
Ou quem sabe daquele lugar
Onde eu sei, um dia estive lá

(Nane - 19/06/2018)

sábado, 16 de junho de 2018

CONFISSÃO

Queria te dar
O melhor de mim
A minha verdade
Tão reclusa

Meu sonho de liberdade
Mantido em cativeiro
Afasta de mim
Essa verdade

Encabulado me acabrunho
Dentro de uma concha
Carapuça protetora
Da minha covardia

Faço dessa verdade
Voo solo no crepúsculo
Do momento libertador
Em que a mentira há de se desmoronar

Então estarei liberto
Dos grilhões que me dominam
E me afastam de ti
Mesmo você estando aqui

Queria te dar
O melhor de mim
Mas a vida quis assim
Nada mais a declarar

(Nane - 16/06/2018)






quinta-feira, 14 de junho de 2018

QUE MULHER É ESSA

Quem é essa mulher
Que vi nascer
Que vi menina
Que vi crescer


Quem é essa mulher
Que vi casar
Que se fez esposa

Que se fez mãe

Quem é essa mulher
Que é amiga
Que é conselheira
Que é irmã

Quem é essa mulher
Que movida pela fé
Ultrapassa os obstáculos
Com um sorriso em sua face

Quem é essa mulher
Que aniversaria
E a todos nós presenteia
Com a sua simpatia

Quer mesmo saber
Quem é essa mulher

Então eu vou dizer
Seu nome é Elieth

(Nane - 14/06/2018)

terça-feira, 12 de junho de 2018

RAVE

Risca DJ
Na tua melodia
Minha falta de sintonia
Na orquestra dessa sinfonia

Deixa tocar
Na batida dessa rave
Elétrica e sem rima
A minha agonia

Embriagada pelo som
Mergulhada nessa vibe
Vibratória e contagiante
Eufórica e delirante

Risca DJ
No disco desse som
Minha aura de euforia
Conduzida e hilária

A noite é criança
Pela qual me deixo levar
Embriagada na esperança
(Falsa) de me libertar

Risca DJ
No frenesi de suas mãos

O comando por instantes
Do meu corpo em excitação

(Nane - 12/06/2018)

sábado, 9 de junho de 2018

NUM COPO VAZIO

Todos os meus desejos
Subtraídos

Viraram anseios
Subtraídos

A mente delirante
Confunde anseios e desejos
Sem focar no objetivo
Do real querer

Um copo de cerveja
Eu quero, desejo
Mas não anseio
Questão de gosto

Um carinho verdadeiro
Anseio
Mas não desejo
Pelo preço à pagar

Noves fora subtraio
Nada mais resta para o troco
Queima-me a mão a moeda infame
Que nem sequer eram trintas

O mar de águas turvas
Se desorienta e oscila
Entre o verde e o azul
No seu eterno ir e vir

A brisa úmida na noite fria
Cobre de branco a areia salpicada
Pelas estrelas espelhadas
No vai e vem da maré salgada

O horizonte escondido
Se mostra no halo de um relâmpago
A lua se acabrunha e vai embora
O mar, manso adormece

O copo de cerveja se esvazia
A hora diz que é hora de ir embora
Desfeita toda essa magia
Meus desejos viram poesia

(Nane - 09/06/2018)


quinta-feira, 7 de junho de 2018

NAQUELES DIAS

Ei mãe
Sabe aqueles dias
Em que a gente, sem nada para fazer
Falávamos besteiras
E ríamos de nossas próprias idiotices

Quando viajávamos sem sairmos do lugar
Ou comentávamos o futebol na tv
Víamos nosso time perder
Mas encontrávamos sempre uma razão plausivel

Hoje o Flu perdeu para o Fla
E te escutei chamando eles de "mulambos"
Não sei se por torcer de fato
Ou se só para me animar

E quando o Flu ganhava
Você, mãe
Não deixava "barato"

E ao pobre do Leo, "zoava"

Hoje o juiz "roubou"
E nós perdemos
Mas tudo bem, mãe
Depois a gente ganha

Lembra de quando falávamos
Das nossas "religiões" distintas
Em que eu respeitava a sua
E você respeitava a que eu tinha escolhido

Pois é mãe
Na tua eu não mais te encontraria
Na minha, acredito
Voltarei a te abraçar (espero)

Sabe mãe
A gente brigava muito
Mas quando a poeira sentava
Era com nós mesmas que contávamos

Hoje, nossa casa está vazia
Mas ainda te escuto a me chamar
- Ta na hora de deitar "Liane"
- To indo mãe...to indo

(Nane - 07/06/2018)



quarta-feira, 6 de junho de 2018

MOLDURA

Entre pedras e flores
Teu sorriso moldado
Purpureia as pétalas
No teu lume

Ornamentos naturais
Revestidos de poesia
Agraciados com tua presença
Nascentes da doçura

Espelha em teu olhar
Toda a beleza do lugar
Resplandecido e envaidecido
Apenas por te ver passar

Reconhecem no teu cheiro
A interação de um só ser
Fragmentado pela missão
Da própria evolução

A poesia em construção
Na tela de uma câmera
Num instante fica pronta
A poeta vira poesia

A Grande Dama se calou
Mas a poesia floresceu

No teu olhar, no teu sorriso
E nas flores a te emoldurar

(Nane - 06/06/2018)

terça-feira, 5 de junho de 2018

SÓ UM PENSAMENTO

Parei no tempo do meu pensamento
Vendo a vida passar
À espera de outra vida a sonhar
Enquanto essa está a passar

Errei, por nada juntar
Por não ter onde morar
Sem filhos para criar
Sem dinheiro para guardar

Amei mais do que devia
E desse amor fiz poesia
Vivi intensamente como queria
Nos meus sonhos e minhas fantasias

Rodei o mundo em minha imaginação
Dei voz mais alta ao coração
Silenciando minha razão
Fazendo da minha vida uma ilusão

O tempo cobra a conta
Que eu tenho que pagar
Faria tudo outra vez
Sem me importar com o que vai chegar

Amanhã eu penso em como será
Hoje eu preciso sonhar
Deixa a vida como está
Enquanto ela não se acabar

(Nane - 05/06/2018)

segunda-feira, 4 de junho de 2018

PELOS MUROS DA CIDADE

O que vai pelos muros
Preconiza anseios
Desejos e vontades

Relegados ao adormecer

Picham as sementes
Regadas de um amor
Contido e submisso
À revelia do dia a dia

A gentileza que gera a gentileza
Se esvai na falsa nobreza
Da aparência da pobreza
Na túnica de um barbado

É só uma mensagem
Curtida e idealizada
Na quimera da cidade
Ensandecida pela realidade

O que vai pelos muros
É feito oásis no deserto
No respiro da resiliência
Acostumada a violência

Rega menina, o amor
Pelos muros da cidade
Através do anonimato de seu autor
Sem sabermos da sua veracidade

(Nane-04/06/2018)

COMPLEXIDADE

Estranho a velocidade da vida
Que as vezes parece parar
E nunca passar...

Estranho a sensação da monotonia
Que quando perdida
Nos faz querer voltar...

Estranho a complexidade do ser humano
Que vive seu presente em busca de um futuro
Revivendo seu passado

Estranho esse querer do que não se pode ter
Quando ao perceber que o que se tinha
Era tudo o que precisávamos para viver

Estranho ver que o tempo não para
Embora sejamos nós quem passa
Na passarela da sua estrada

Estranho ver morrer um a um
A geração a que pertencemos
Enquanto não chega a nossa vez

Estranho não se sentir em casa
Enquanto dentro das quatro paredes
Erguidas e assinadas por nós mesmos

Estranho a vida como ela é
Quando da incerteza do saber
Se ela é vida ou se apenas morte

Estranho mais ainda, eu escrever
Sobre o que não sei dizer
E no entanto...sinto

(Nane-04/06/2018)


NA PONTA DO LÁPIS

Já não quero mais poesia
Posto que ela é natimorta
Ainda na ponta do meu lápis
Quebrada por minha insensibilidade

Volvo em palavras desconexas
Que nada dizem ou significam
Na busca incessante de rimas
Que na prática, nem existem

Rimar mamão com coração
É feito dor com flor
Escrever por escrever
Sem nunca, nada disso viver

Misturas de sensações
No imaginário descabido
De um nada nunca vivido
De meras ilusões

Já não quero mais poesia
Em quimeras relutantes
De sonhos insones
Em madrugadas perdidas

São palavras desperdiçadas
Expostas à julgamentos
De quem sequer presta atenção
Em quem redige uma oração

(Nane-03/06/2018)



domingo, 3 de junho de 2018

PAGUE PRA VER

Mainha me disse
Tantas e tantas vezes

Que essa vida é passageira
E dela, fica só o aprendizado

Mainha foi guerreira
E deixou o seu legado
Aprendeu, quem aprendeu
O resto...não entendeu

Eu, em plena involução
Destilo ignorância
Na escola dessa vida
Colecionando decepção

Faço, na escrita descrita
A minha rebeldia
Ao perceber que no dia a dia
A mentira vira monotonia

Santa não sou
Mas o diabo não mora em mim
No entanto se disfarça
Enquanto detona o meu rim

Me segura a irmandade
Do sangue em igualdade
Mas RH nem sempre é compatível
E a vida, por vezes é insensível

Então Mainha, me perdoe
Se não aprendi os teus ensinamentos
Me corrói a alma nesse instante
Em que perdi meu discernimento

Não sei se a vida fez de mim
Ou se fui eu quem fez da vida
O fato é que eu sou assim
E quem quiser...pague pra ver

(Nane-03/06/2018)


POESIA MALCRIADA

Fodam-se meus trejeitos
De boazinha e educada
Nas rasteiras da vida
Pouco resta nesta estrada

A lava efervescente
Queima-me as entranhas
Num fervilhar em ebulição
Pronto a despejar

O palavrão
Torpe e sem rima

Pronto a ser vomitado
Consome minha pouca educação

Num suspiro profundo
Tento o equilíbrio perdido
Conto de um até o fim do mundo
Para não perder minha razão

A cumbuca é pequena
A mão é grande
Minha paciência esgotada
Manda tudo à merda

Um saco de papel
Dizem, alivia
Prefiro escrachar meu fel
Num rabisco que se diz poesia

Deixando nele meu aviso
Não tente me conter
Sou lava incandescente
Pronta à erupção

O sapo engasgou
Não desceu como devia
Fodam-se meus trejeitos
A educação se acabou

(Nane-03/06/2018)

sábado, 2 de junho de 2018

O SILÊNCIO DA POESIA

É sempre esse silêncio
Gritante em meus ouvidos
Atordoando meus sentidos
Que sinceramente, pensei perdidos

Sentidos tão exorbitantes
Pulsantes e desorientados
Revelando minha perplexidade
Com minha própria identidade

Sonhos que sonhei com tanta intensidade
Até ver nua e crua a realidade
Dissipando feito as nuvens no céu
Ao sabor do vento minha ilusão

Hoje o sonho se aquietou
E dorme sob a necessidade
De manter toda a minha praticidade
Mantendo ainda (que obrigada) minha sanidade

Minha audição se educou
Não escuta mais sinfonias
Só o silêncio dos meus gritos
Contidos em minhas poesias...

(Nane - 02/06/2018)