Maldito ciúmes que me persegue E que me cega e faz perder a razão Basta apenas uma dúvida plantar Para eu perder a noção de tudo Sou Otelo em franca crise E mato o meu amor por muito pouco Ciúmes que me faz envenenar E tal qual Romeu beber o líquido fatídico Me deixo morrer no veneno infernal De quem sequer importância tem Mas o mal que cega me abraçou E só te vejo cercado de amores Luxúria que me queima a alma doentia Porque não vem amenizar as minhas dores Me declamando o seu amor Jurando a sua fidelidade Porque não salva o meu querer E manda embora as garras que te agarram Sou louca por você... Não deixa isso se perder Porque ninguém vai ter por ti esse querer Sou eu o seu maior querer Independente do que você possa ser Independente se por você...eu vou morrer
Queria não falar da fome Mas impossível deixar de falar Queria não falar de drogas Mas é ela quem domina a juventude Queria não ter que falar da dor Mas como se é mais presente que o amor... Queria não falar da infelicidade Mas como se a felicidade nunca está presente... Queria falar de flores Mas o que mais prevalece são as dores Queria que minha poesia fosse alegre Mas é só a tristeza que acontece Talvez eu deva não mais escrever Quem sabe assim isso me faça esquecer De dores e sofrimentos Mágoas e sentimentos Verdades e lamentos.... Não queria falar de nada
Hoje nesse bar Eu quero música escutar Dançar nos braços teus Num abraço forte dos teus braços Me deixar levar pelos acordes E beber na tua boca O beijo que a canção Decanta com paixão Valsar sentindo o ardor Do teu corpo colado ao meu Me embalar na sinfonia Até o dia amanhecer Levada sempre por você E quando finalmente Os acordes se findarem Me entregar aos teus desejos No ninho em que me designares Exauridos e suados Adormeceremos ao raiar do dia...
Buraco Negro Explosão cósmica Estrela que morre Mundo que nasce Amebas que nadam Formas que se formam Seres que surgem Vida que desabrocha Homem que chega Trazendo a mulher Que forma a família É núcleo do átomo Da vida social Que joga na lama A vida marginal De quem não vive legal Os íons faíscam Não se entendem É mais com mais E menos com menos Nunca se encontram O menos com o mais Se rejeitam Genoma, quem sabe Não muda isso O pobre e o rico O preto e o branco É foto antiga É coisa perdida Cuidado com o planeta É só uma estrela Que pode explodir Que pode dar início A tudo de novo...
Saudades que sinto e não sei de quem Nem mesmo do que saberia eu dizer Saudades de quem não vem Saudades que no peito faz doer
Saudades de quem partiu para não mais voltar E de quem ficou, mas não vem me ver Saudades des vozes que se fizeram calar E de quem não tem nada a me dizer
Saudades do que passou E do que nunca aconteceu Saudades por saber do que se acabou E do que no tempo se perdeu
Saudades dos momentos que vivemos E mais einda do que devia ter vivido Saudades das pessoas que tivemos E daquilo que por orgulho foi perdido
Saudades de tudo um pouco Saudades de uma realidade Das fantasias de um louco Saudades...só saudades
Tarde fria melancólica Corre mansa com demora O sábado vai passando sem pressa Logo o domingo vai chegar Preciso cuidar do meu jardim Ele sente falta de mim Minhas flores estão murchando E o mato alto delas se acercando As borboletas se afastaram Não voam mais por aqui Meu jardim anda triste Sente saudades de mim As rosas que enfeitavam o caminho Perderam suas cores Dálias e jasmins Não sorriem mais para mim Apenas o mato cresce forte Dão um aspecto de abandono Em meu outrora lindo jardim As flores do jardim da minha casa Morreran todas com saudades...de mim
Vou passando devagar pela cidade Vazia no final de semana Os carros descansam nas garagens As ruas não tem o corre corre Poucas são as pessoas que as cruzam Na maioria mendigos que moram nelas São seres alijados... Ou que se alijaram Os prédios estão fechados As madames nas mansões Não desfilam suas vestimentas de griffe Os homens enternados estão de camiseta É folga para eles Esquecem seus problemas semanais A cidade está sem pressa... Cachorros atravessam a avenida Procuram comida no lixo Mas brigam e rosnam com rivais São os mendigos quem prevalecem Pobres cães...vão passar fome Detestam os finais de semana...
A mesa nem é tão farta Mas todos estão presentes A mãe e o pai...a criançada Confusão de vozes múltiplas É um que grita a mãe Por um bocado de feijão O outro quer mais frango...não tem A mãe corre enlouquecida O pequenino quer mamar Encosta seu prato na mesa O peito vai ser sugado O pai come sossegado É patriarca, não se ateem a criançada Os mais velhos discutem por nada Cascudos nos menores Quem mandou virem depois... Agora eu volto ao presente Saudades daquele tempo De todos reunidos A mesa está quase vazia O patriarca já se foi Algumas daquelas crianças também E quem ficou...se afastou A mãe segue envelhecida e... Enlouquecida Agora pelo vazio...silêncio É só mais um almoço em família
Sábado de sol frio... Na beira do mar a brisa sopra As águas estão bravias O vento leva embora meus pensamentos Que se deixam ir rumo a um horizonte Além daqui, além de mim... Olho a fumaça das ondas que se quebram nas pedras Parecem fumar num mar de dúvidas Se confundem com a fumaça que produzo Serão meus olhos cansados e sem óculos? Não...o mar está fumegando...de frio Não tem banhistas hoje aqui Crianças não correm na areia Não está silêncio... Mas só ouço os queixumes do mar...bravio Que se lança nas pedras esculpindo suas marcas Pagadas na areia só as minhas Ou será que alguém me carrega no colo... É...pode ser que eu esteja no colo de Deus
Hoje a noite tá fria E eu sem você...no frio da noite Fecho os olhos e sinto seu abraço Teu cheiro enebria minha mente Teus braços me prende num abraço Te sinto sem ter você aqui... É só delírio da minha vontade É só imaginação do meu querer... A luz da lua me convida ao sonho E eu corro para você Que me espera de braços abertos Com um sorriso largo no rosto E um beijo nos lábios que tanto desejo Porque não me faz feliz assim... Ando tão cansada de sonhos Só os tenho para não me deixar deprimir Por não conseguir tirar você de mim Mas um dia há de chegar Que eu hei de resolver isso Ou te esqueço e te arranco daqui E ponho outro em seu lugar Ou te ganho e vou ser feliz Ah....noites frias e de insônia....
"O mexeriqueiro se entrega sempre, porque a mexerica tem um cheiro revelador."
"O cara saca paca é só uma maneira de dizer que ele entende do assunto."
"A lua não passa de uma cratera imensa que atrai os namorados, a maré e os poetas. Mas se o seu rosto ou o seu corpo tiver um mínimo de crateras, não espere atrair nada."
"Eu nunca escrevo para agradar ninguém, até porque sei que as pessoas, na sua maioria sequer leem o que escrevo. Então escrevo só o que eu gostaria de ler."
"Sou egocêntrica sim, e daí? Não é porque sou pobre que não posso ser besta também?"
"Eu me entrego inteira numa relação. Seja ela de que tipo for, se com amigos, com família, com o companheiro, seja como for o importante é que seja por amor."
"Eu estava jardineira das minhas flores mas a escrita me pegou e virei rabiscadora de palavras. Só não sabia que os espinhos também estavam aqui..."
"Numa mesa de bar é sempre onde as pessoas se soltam e falam sem tantas reservas. Ainda mais depois de alguns chopps..."
"As vezes nos acostumamos tanto com alguém que chegamos mesmo a achar que ela seja imprescindível. Mas no fundo apenas nos habituamos e temos medo mesmo é da falta que possamos sentir, não da falta que a pessoa nos fará."
Morrer é subjetivo Morro um pouco a cada dia E a todo momento morro e renasço Preciso morrer para renascer Morro se choro de tristeza E renasço no gargalhar sincero Morro a cada despedida Para renascer a cada reencontro Morro em cada lágrima derramada E renasço no seu sorriso E se a dor me faz morrer O prazer me faz reviver Morro a cada noite que chega Para renascer no alvorecer do dia Morro quando adormeço E meu acordar é o meu renascer Morrer é tão subjetivo E se deixar de ser Então não mais renascerei Não aqui....
A ribalta se ilumina e os atores entram em cena A peça é triste e fala da morte Os atores se debulham em lágrimas A platéia assiste atônita Aplaudem, choram também Alguns sorriem debochados A mãe perde o filho para as drogas O pai se conforta na bebida Se entrega como o filho Numa droga de líquido O traficante ameaça os pais A polícia não vai interferir O emprego do pai se perde no fundo do copo A mãe já não liga para nada Se deprime sem seu fruto do ventre A trilha sonora é um rapper pesado A luz agora é fosca Só deixa ver o sangue que jorra Do corpo estendido nos braços da mãe Os atores se debulham...o surdo toca ao fundo A peça é tensa É triste e verdadeira As horas se passam lentamente O teatro ja fechou as cortinas Não há mais público Só os atores ficaram Na grande ribalta da vida...
Encontrei alguém do outro lado Que me olhou com a ar de assustado Talvez por ver as rugas no meu rosto Ou mesmo os cabelos brancos sem pintura Ela me olhou como se me medisse de cima em baixo E parece não ter gostado do que viu Não criticou... Mas no seu olhar havia uma decepção Como se fora eu a culpada Vi toda uma carga de emoção No olhar furtivo que me lançou Até as lágrimas deixou cair Não sei se por piedade Ou se apenas divagação O fato é que chorou ao me olhar Por um momento eu a odiei Não sou digna da pena de ninguém Sou bem mais forte do que ela pensa Mereço mais consideração Mas o peso do seu olhar me incomodou E eu desviei do seu o meu Sem muita convicção A hora de sair se fez... Sem muita coragem eu saí do quarto Não sem antes quebrar aquele...espelho
Hoje fechei mais uma porta na minha vida Aliás nossas vidas são feitas de portas Umas que se abrem e outras que se fecham Dizem que Deus quando fecha uma, abre uma janela Mas eu nunca procuro a janela para olhar E se fecho a porta...prefiro não voltar Abro logo uma que dá para outro lugar Vislumbro novos horizontes... A porta que se fechou eu mando lacrar Se deixo rastros que me levem a ela Procuro apagá-los como a maré na areia Realmente não quero mais voltar A porta se fechou, então tudo se acabou A maçaneta é retirada e ela não se abre mais Foi um caminho sem volta que ficou Mas a outra porta se abriu E tento recomeçar um caminho mais bonito Enfeito esse caminho com flores Tento andar por sobre nuvens Fazer dele uma longa caminhada de emoções Encontrar pessoas com as mesmas intenções Caminhar de mãos dadas e felizes Como sempre deveria ser E se por acaso nesse caminho As pedras aparecerem novamente Não me importa... Eu fecho a porta
Sou síntese de Deus Amo, sofro e choro Rio, canto e falo Sou síntese do amor Me exponho, me firo, me rasgo Me encanto, me extasio, me embriago Sou síntese da vida Que olho, que passo, que luto Que brilho, que sorrio, que faço Sou síntese da canção Que lamenta, entristece e faz doer Que mata as saudades, embala e baila Sou síntese do mar Que enraivece, afoga e invade Que recebe, doa e acolhe Sou síntese da mata Escondo, uivo e assusto Mas abrigo, me desfaço, me doou Sou síntese da serpente E pico, fujo e rastejo Mas dou meu soro, meu coro, meu todo Sou síntese de mim mesma Exclamo, interrogo e ponto Sou o que restou da síntese
Olhei para dentro de mim e vi você Mas jurava que já o tinha esquecido Percebi que quanto mais tento te afastar de mim Mais te cultivo no meu interior Te tirei arrastado do meu ser Rasguei minhas vísceras para te arrancar daqui Fiquei totalmente dilacerada E achei mesmo que te esqueci Agora...olho para dentro de mim E te vejo no cantinho que sempre foi seu Não tenho mais o que fazer Já me estraçalhei inteira Já sangrei ao te expulsar de mim Aprendi que não posso te expelir Você está em mim Só não sei se eu estou em você...assim
Me vi refletida na água Disforme e em movimentos Um remoinho de círculos comigo dentro Bailando nas águas do rio Uma pedrinha me fez sumir Para mais tarde retornar no espelho A lua então entrou na água também E me fez prateada nos círculos formados Eu e lua...na água Faltou você...amado meu Que foi tragado pelas profundezas Dos sentimentos que te rondou Me deixou sozinha com a lua No meio do rio de águas claras Me olho lá dentro e te vejo ao lado meu Mas você é só o reflexo da minha lembrança Oásis de areia nas águas do rio Miragem que a pedrinha leva embora Agora as estrelas aparecem também Parecem lágrimas que caem no rio Parecem que choram por mim e por você São gotas brilhantes da noite São reflexos da minha imaginação As águas do rio são doce O meu amor afogou-se nas águas do rio...
Morri...mais ainda não percebi Morri por dentro Não tenho mais alento Não quero mais viver Morri...ninguém também percebeu Não sentiram falta de mim Estou só sem companhia Morri...apenas não caí Estou de pé sem ter vontade Não vou chorar por isso Morri...sem testemunhas Sem alento, sem lamento Enclausurada no meu túmulo Sem sair para ver o mundo O mundo não quer me ver Morri...ninguém me quer aqui Mas meu corpo teima em não partir Então eu morro de viver Ou vivo só para morrer Morri...
Um dia Deus estava inspirado E escreveu um poema de amor E achou tão lindo...que recitou Mas ele não se contentou Queria mais...mais o que E Deus queria que ouvissem o seu poema E chamou os anjos para o recital Eles se encantaram e aplaudiram Mas Deus queria mais Não queria perder tal poesia Chamou querubins e arcanjos E recitou para eles também Maravilhados eles choraram sublimes Mas Deus queria mais ainda E convocou os santos do céu em peso E fez um recital celestial E nesse dia choveu na terra Eram as lágrimas que caíram do céu Santificadas pela beleza do poema Mas Deus não estava satisfeito ainda O que fazer para não perder essa beleza Sou Deus...preciso resolver Então como num estalo Ele sorriu e saiu do seu trono celestial Foi até a sala onde rabiscava E soprou o seu poema com suavidade Ele tomou forma...encorpou... E...Deus criou você
O sangue que corre em veias de vias sinalizadas Tal qual na estrada o carro que obedece as mesmas Meu sangue caminha numa só direção Sabe que vai ao seu encontro e é lá, no meu coração
Ele percorre toda a estrada do meu corpo Segue no teu cheiro o teu rastro Sabe bem onde você está guardado em mim Meu sangue te quer e te busca o tempo todo
Meu sangue é o que me mantém viva E por isso corre atrás de você Sabe que o amor que sinto me alimenta Meu sangue precisa de você
E ele percorre as estradas do meu corpo Seguindo de encontro ao coração Te encontra lá bem no cantinho E volta feliz para a estrada do meu corpo...
Foi sem dúvida o episódio mais triste e dolorido na vida de Lívia, mas a guerreira tinha muito o que fazer ainda, e não podia parar. Jorge havia quase sido linchado por seus vizinhos, que foram contidos por Luís. Ele foi detido na delegacia local, mas em questão de dois dias estava livre novamente, e foi para Belo Horizonte se refugiar. Sabia que não era bem vindo em sua casa... Após o enterro de Lélis, Lívia passou um tempo na casa de Léia, e seus filhos se dividiram. Um pouco com Léia e outro tanto com Linda.Foram quase dois meses assim...sem coragem de voltar para a casa onde a cena do crime ainda era muito latente...presente. Mas um belo dia Lívia juntou sua prole e voltou para casa. A vida seguia em frente. E foi nessa época que Laura, numa visita ao hospital judiciário em Niterói, onde estava seu pai, que aparentemente sofria de uma aminésia parcial (ele só se lembrava do filho que matou, embora não soubesse que o tinha feito, e de Lívia. E perguntava sempre porque eles não íam vê-lo. E conversava com Laura o tempo todo achando que ela era a sua advogada, e que o iria tirar de lá. Era bastante chato essa visita, já que ela era submetida a re- vistas desagradáveis e ver o pai naquele estado a deixava bas- tante deprimida. Até por isso, Pedro, seu cunhado, que a acom- panhava ao presídio, num domingo de FlaxFlu, resolveu levá-la ao maracanã. Seria a primeira vez que Laura entraria no gigan- te templo do futebol. O time do Flamengo tinha Zico, Andrade, Adílio, Leandro, era uma seleção enfim, e o do Fluminense um timinho, de Zezé, Cle- ber, Robertinho...enfim, um timinho. E até por isso, Pedro disse a Laura: _Olha, como você só vai poder festejar e fazer festa para o seu time quando ele entrar em campo, vou te dar esse prazer e sentar com você na galera do seu time. Laura não cabia em si de felicidade, e assistiu atônitamente aquele "timinho" dar uma verdadeira goleada de 4x0 no poderoso "timaço" do Flamengo. E no último gol, ao ela levantar com os punhos fechados para a vibração do tento, acertou sem querer o olho do cunhado, que voltou para casa cabisbaixo e com um olho roxo. Coincidência ou não, ele nunca mais a levou num estádio de futebol e tão pouco assistiu uma outra partida ao lado de Laura... Foi uma estréia de gala, a dela, no famoso estádio Mário Filho.
Amargura e inveja Sentimentos do mal Pobreza de espírito De gente sem vontades Ataca sem olhar Em quem vai acertar Mas o pobre acaba se ferindo Com a pedra que tacou E por ignorância A direção não olhou Gente feia e sem amor Vive em total rancor Sofre sem perceber Que ser feliz é só querer Digna de que Pessoa sem amigos Pena é só o que vai ter Admiração nem vai conhecer Que pobre espírito vaga assim Tão nova e tão perto do fim...
Olhando os dois prismas Compreendi que devo e posso Se quero isso agora Porque não fazer então A moeda tem dois lados E eu escolho o que quero Negativo ou positivo A vida vai dizer O choro termina ao amanhecer O sorriso chega sem querer Mas o choro te lava os olhos E o sorriso te faz rejuvenescer Se a praia está suja É porque alguém brincou demais Reclamar prá que Vamos brincar na areia então A comida tá sem sal Não fará mal ao coração Ah...mas a cerveja não está gelada Bela oportunidade para o vinho Reclamar é tempo que se perde Dessa vida divertida de viver Olha o lado bom dessa moeda Deixa o lado ruím descer pelo bueiro...
Viva seus momentos como se fossem os últimos Pois não sabes se viverá os próximos Se entregue a eles como se únicos A vida só vale a pena se intensa A moderação é a mediocridade dos pobres Que de espírito se encolhem Se preservam e se arrependem Mas ainda assim se guardam Não se declaram Apenas vivem sem êxtase E deixam que a vida passe sobre eles Viva seu dia a dia só hoje O amanhã poderá não te receber Seu legado será a plenitude Suas lembranças a felicidade em que viveu Seus amigos a saudade que deixou Mas se ficar de novo Viva seus momentos como se findos...
Sem vergonha de mudar opiniões, lugares, estilos Sou mutante Ser humano Meu erro maior é não mudar É tentar ser o que não sou Palavra eu tenho Mas pode sim voltar atrás O que vivi hoje Não sei se viverei de novo O que pensei agora Posso não mais pensar Sou mutante Sou errada Não sou perfeita Em mim nada é definitivo Meu começo é o meio do meu fim Mudo tudo o tempo inteiro Mudo eu Muda você Sou mutante transitória..
Por onde andei deixei marcas Fiz amigos, desamigos, vivi Posso não ter feito tudo o que quis Mas o que fiz foi por querer E dos amigos que conquistei Sempre me orgulhei São os irmãos que escolhi E que Deus me permitiu os encontrar Cada um com seu jeito particular Sua forma de falar, de se expressar São pessoas que de alguma forma Comigo para sempre hão de estar E ainda que a vida nos separe Lá no fundo do meu coração Elas para sempre e além daqui estarão Porque são meus amigos, meus irmãos Que Deus me deu por opção E deles eu nunca irei abrir mão São meus tesouros Jóias que trago bem guardadas Fortaleza que ergui no coração...
Thainah, menina linda Que rabisca também no meu estilo Deixa fluir seus sentimentos Nas pontas dos dedos que teclam
Sabes tu que és bem vinda Em meu lar, em minha vida, em meu instinto E não se atine aos meus lamentos São coisas de mãe...que passam
Sou bipolar, isso não dá para negar Mas meu tempo de aflição há de passar E logo vou rabiscar com alegria Até porque você Thainah, é pura magia
E se quer saber por onde anda a minha inspiração Vou te contar sem muita demagogia Ela mora dentro do meu coração E faz brotar na minha mente fantasias
E hoje Thaynah Eu vi voltar-me a inspiração Que você me veio provocar És a musa desta minha oração
E tenho uma coisa a te declarar Sorte tem aquele a quem você amar Tomara que ele se faça merecer Tomara que meu filho seja o eleito por você...
Sinto falta dos teus versos, teus rabiscos. Que me faziam viajar em minha imaginação Rabiscos que me encantavam Versos que me confortavam o coração...
Sinto falta daquela pessoa alegre Aquela pessoa animada chamada Nane... Em seus versos só tenho visto a Elian Pessoa magoada e desanimada com a vida...
Onde está toda aquela inspiração? Onde se esconderam os versos de amor? Por onde anda a tua animação? Por onde anda teu coração?
Ah minha “amiga”, o que está acontecendo? Sinto falta dos teus versos Versos que me encantavam... Por que não está mais escrevendo?
Sinto falta de você... Não da Elian deprimida, mais da Nane. Mulher admirável e com versos incomparáveis... Peço-lhe, por favor, não deixe de escrever!
Sou dependente dos teus rabiscos Rabiscos que me alegram... Deixe-os voltarem junto com seus risos... Junto com tua alegria...
Te ver assim...sem chão Não me faz bem não Queria poder te dar a minha mão Te abraçar e te dar a minha proteção Falar do carinho que sempre tive por você Te fazer respirar e vermos juntos o sol nascer Te dar meu colo e te fazer cafuné Fazer você esquecer de tudo que te faz sofrer Queria só te dar um tempo para ser feliz Para voltar nesse tempo e de novo ser menino Correr na areia da praia sem preocupação Cair, ralar, se sujar e depois no mar mergulhar Te ver soltar pipa preocupando-se só em não "voar" Brigar com o menino ao lado que veio te "cortar" Gritar, sorrir, cantar e até um "caldo" tomar No fundo eu só queria te dar um dia de felicidade Só queria te fazer esquecer das mágoas que te tomam Te corroem o coração como vermes Eu preciso um dia só, pelo menos, te fazer feliz...
Preciso escrever para você Mas não sei como fazer Preciso dizer que te amo Mas com rimas que demonstrem o meu afeto Não palavras por palavras Preciso te falar de um encontro Que te feriu mas que também te encantou Preciso que saibas que foi tudo sincero E que em cada flor que eu te dei Havia a sinceridade do meu amor Preciso que você saiba que eu te achei Não por acaso, mas porque estava escrito Se falhei quando me apresentei Não me queira mal... Foi o jeito que encontrei para te achar Foi a forma que me restou para me aproximar E se não fosse assim Jamais teria chegado a você E quer saber...não vou nunca me arrepender Porque valeu cada minuto Cada palavra que te falei Cada vez que aqui a gente se falou Cada sonho que te fiz sonhar Cada conforto que sei, te dei um dia E se um dia te decepcionei Te fiz ver que não era o que disse ser Se deixei em seu coração a saudade do que não sou Saiba então que sou sim o que você quiser Sou o que você precisar que eu seja E vou ser sempre o seu aconchego A sua paz Seu descarrego A mão que segura a sua nos momentos que precisa O ouvido que te ouve sem críticas A voz que te fala de amor De carinho De conforto De apoio Sou enfim um pouco de você E você é um pouco de mim E agora....de cara limpa Me entrego toda a você
Caminhando na calçada Vou pensando calada... Olhando o movimento ao meu lado Com olhos cabisbaixos...
Cada um que passa por mim Tem uma história enfim São vidas que vem e vão Pessoas felizes ou não
Crianças que brincam sem preocupações Correm e pulam sem abreviações Vivem como se o amanhã não existisse Talvez porque o futuro antevissem
Olho os velhos de olhar cansados Que passam por mim um pouco acanhados Parecem se desculpar o tempo todo Pela lerdeza das pernas toscas
Sou o presente Em meio ao passado e o futuro Atrás de mim crianças inocentes Na frente velhos inseguros
Caminho com uma só certeza Olho para trás e sei que ali passei Me vejo hoje caminhando com destreza Na minha frente o caminho que não sei se trilharei...
Um vendaval passou por mim E me tirou o equilíbrio Tudo o que pensei e construí O vento derrubou, fiquei sem chão Estou no meio do vendaval Tentando me segurar prá não cair O vento quer me levar Eu tenho que me equilibrar O vento que venta lá...quer me levar O olho do furacão me envolveu Não posso relaxar Senão ele me leva e não volto mais Revolução de tudo o que criei São meus princípios postos a prova O vento agora venta cá Tentando de toda forma me derrubar E eu não quero deixar Preciso sair do redemoinho Lutar contra o olho do furacão Que quer me estraçalhar Quer me aniquilar Preciso ter força e saber voltar Senão ele me engole sem mastigar Estou no olho do furacão....