Vício maldito
Que faz de mim mendigo
Vício que me afasta
Da vida que eu vivia
Me faz dormir na rua
Sem mãe, sem filho, sem nada
Vício que sei, me mata
E que escondo a vergonha na cara
Por sob a barba cerrada
Ou no sorriso amarelado e sujo
Que a droga moldou pra mim
Vício que não me deixa arrepender
De tudo o que deixei perder
nas noites frias do viaduto
Que hoje me serve de leito
Na grande cidade em que vivo
Subsistindo num mundo
Sem Natal ou ano novo
Sem o abraço apertado
Daqueles que eu deixei
Pela droga que me entope
E me faz entorpecer
Sou viciado no inferno
Que eu mesmo criei
E a porta da saída
Agora, onde está...não sei
(Nane-13/12/2011)
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