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sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
Tela de poesia
Se um pintor eu fosse
Seriam minhas poesias telas
E quantos quadros teria para pintar
Quantas cores para misturar
Com certeza não teria um só estilo
Pintaria o surrealismo colorido
Quando meus rabiscos sem rimas e sem métricas
Fluíssem do fundo de minha alma
Retrataria o bucólico na tela
Quando minhas mãos escrevessem
Sobre estar apaixonada
Em poesia dedicada a pessoa amada
E faria exposição do gótico
Quando a ira me invadisse
Num rabisco sem lirismo
Na loucura mergulhada
Exporia minhas telas num museu
Como um livro fechado na estante
Onde só quem poderia ver
Seria quem "soubesse" ler
Se eu fosse um pintor
Jamais pintaria o rosto seu
Pois foi tanto que te rabisquei
Que as cores, com as dores... misturei
Hoje a tela está vazia
E não vejo mais a poesia
O pintor perdeu a mão
E o poeta...o coração
(Nane-30/12/2011)
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