sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Finito absoluto

Sem subterfúgios
Me expresso inteira
Falo de mim sem me importar
Se irão rir ou se chorar
Se terão pena ou escárnio
Por que aprendi que nada 
Ou tão pouco ninguém
Pode sentir e entender
O que só pertence a você
É nos espaços do finito
Entre um e outro ponto
Que liga o tudo ao nada
Que moram meus fantasmas
E aos outros não assustam
Se não enxergam meus espaços
Comprimidos por minhas dores...
Se não escutam os lamentos
Dos meus gritos no silêncio
Dos espaços em meu finito
Não posso entender
O finito de ninguém
Que assim como eu
Gritam seus silêncios
Tenho ainda a vantagem
De gritá-los por escrito
Que quase nunca são lidos
E permanecem assim
Espaçados no silêncio
Do meu finito absoluto

(Nane-16/12/2011)

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