Sou teu escárnio
Zombaste do corpo esquálido
Sou o escarro do arrependimento
Da coisa atípica que fizestes
Mas sem querer acordastes
As lavas que jorram de mim
O sangue da hemoptise
Que das narinas transbordam
Sou teu passado negro
Que te assombra e assusta
Nefasta sombra negra
Que vaga na escuridão
Sou vulcão em fúria
Que mal nenhum te faz
Pois que serei cinzas do teu escárnio
E a lava só queima a mim
Sou quem morreu nas quimeras
E quem matou a poesia
Deixo contigo a alegria
De ter me relegado em agonia
Sou teu escárnio escarrado...
(Nane-21/12/2011)
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