terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Nos trilhos do trem

Na estação do trem
Embarquei numa viagem solitária
E no percurso fui olhando tudo em volta
Vi gente dormindo nos bancos da estação
E gente brincando com bola de papelão
Em cada curva, uma nova visão
De gente que vive sem distinção
É o subúrbio da grande cidade
Dizendo em gestos simples
Como ter a tal felicidade
Vi gente se abraçando e se beijando
Nos becos que desembocam nos trilhos
E outras se refrescando nas águas
Que jorravam de canos arrebentados
Meninos soltando pipas nos descampados
Por onde o trem apita os saudando
Enquanto a vida passa ligeira
Nos trilhos do trem do subúrbio
Vi gente se drogando e de outros tomando
É lá que a vida acontece e o povo vive
Sem requintes e sem luxo
Vivendo a vida que é possível
Na periferia dos trilhos do trem
Que apita e passa ligeiro
Enquanto a vida segue assim...

(Nane-27/12/2011)

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