quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Pedra poesia

Hoje
O tempo nublado
Deixou o mar nervoso
E ele descontava nas pedras
Sua ira indomada
E elas apanhavam
Sem reclamar
Sentei em uma bem lá no alto
E fiquei a observar...


A água em fúria explodia
Na pedra estática e calada
Era o próprio mar a murmurar
Num urro incontido
Quando na pedra batia...

Depois o sol abriu
E o mar se acalmou
Voltei a observar
A pedra lá estática
E pude ver que foi moldada
Pelas ondas nela arrebentadas...


Várias formas escritas
Onde ninguém pode apagar
Não pude evitar
Minha louca comparação
Sou pedra apanhando
E deixando você moldar
Seu nome no meu coração
Sou pedra em agonia
Virando agora, poesia...


(Nane-13/12/2011)

Nenhum comentário:

Postar um comentário