Eu sou o vinho que embriaga
E o vinagre que azeda
Sou a taça requintada
E o copo de cachaça
Sou a noite enluarada
E os trovões na madrugada
Sou a calmaria no mar
E o tufão solto no ar
Sou só o meu momento
Entregue ao vento
Seguindo meu destino
Errante e sem descanso
Não sei quando vou parar
Nem mesmo onde descansar
Sou espinho à espetar
Quem de mim se aproximar
Sou o porre do bêbado
Pronto à vomitar
Os fracassos que ele tenta
À sociedade culpar
Sou a pedra lapidada
Em forma de coração
Que brilha, mas não pulsa
Sou mera ilusão
Sou a luz que não ilumina
Sou mero charlatão
Sou da noite a escuridão
E do dia...a solidão
Sou o que não aparento ser...
(Nane-13/12/2011)
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