quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

É madrugada

É madrugada...
Silêncio entre as quatros paredes do meu quarto
Só a respiração pesada que ecoa de mim mesma
Não ouço vozes nenhuma
Não sinto cheiro nenhum
Meu quarto está escuro...

Um pirilampo bate de encontro a vidraça
Só a sua luz brilha na madrugada
Me levanto e vou observá-lo
Vagueia sem direção na noite escura
Sem saber que rumo vai tomar...
 
É noite sem luar
Noite abafada e húmida
Canção nenhuma quero escutar
Mas a chuva cai agora
E o barulho me acalenta na madrugada...

A cortina dança ao sabor do vento
Ligo o rádio e toca uma canção
Que fala de alguém que foi embora
A cortina parece conhecer o rítimo
E dança na sinfonia que toca
Peça de um teatro sem programa
Que a noite se ocupou de por em cartaz...

É madrugada...
Dormem todos na cidade silenciosa
Só eu vago em devaneios
Que me fazem perder o sono
Em viagens de quimeras
Que a noite se encarrega
De impor na minha mente...

É madrugada...
É noite sem luar...
Sou só eu a divagar...
Enquanto não chega a hora de levantar...

(Nane-14/12/2011)


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