Lambendo minhas feridas
Abertas e sangrando
Vou tentando me reerguer
Sem arrependimento de nada
Vou olhando meu passado
Na tentativa de acertar
É difícil esquecer
Mas vou devagar
Sem pressa de chegar a lugar nenhum
Marchando pela minha estrada
Encontrando outras pessoas
Reescrevendo a minha história
Fechando páginas preenchidas
Rabiscando a folha em branco
Em busca tão somente
Do que chamam felicidade
Vou marchando sem pressa
Olhando para o chão
Desviando dos buracos
Enquanto sara as feridas
É difícil esquecer
Mas vou sem pressa de chegar
Transformando em cicatrizes, devagar
As feridas que hoje sangram
(Elian-30/01/2012)
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