segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Orvalho matinal


Senti o cheiro do orvalho matinal
Que desvirginando a relva outrora tão seca
Lhe devolveu a alegria das cores vivas
Na terra húmida por onde ela cobria

A chuva mansa que caía na manhã
Lavou toda a poeira que entristecia o dia
E deu-lhe o ar de renovado e remoçado
Pronto para um novo recomeçar

Fui para o espelho e me olhei
E percebi no meu olhar
Uma luz nova que começa a brilhar
Numa nova esperança que eu mesma me dei

É uma nova caminhada
E meus passos serão determinados
Não importa os caminhos que trilhei
Mas sim, por onde agora seguirei

As sementes do que plantei
Por certo irão florir
E sei que terei muito a colher
E o joio do trigo, terei que separar

Nessa nova caminhada
Vou selecionar minhas sementes
E plantar só flores sem espinhos
Vou colher, no futuro, só carinhos

Não quero mais me magoar
Não quero mais magoar
Quero ser a relva virginal
Pronta para o orvalho matinal

(Nane-02/01/2012)



Nenhum comentário:

Postar um comentário