quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Anestesiada


Surtei na minha loucura
Mergulhei na insanidade
Criei uma realidade
Para fugir das minhas verdades

Já não choro o amor perdido
Resolvo os problemas do filho
Curo as doenças da mãe e da irmã
Num simples tocar de um talismã

Já não bebo da bebida amarga
Já não sinto o gosto do fel
Anestesiei as minhas dores
Já não me ligo em valores

Agora para mim tanto faz
Contanto que eu tenha a paz
Ainda que fruto da anestesia
Quero sim, essa analgesia

Vou viver minha insanidade
Fugir das minhas responsabilidades
Criar meu mundo perfeito
Viver...do meu jeito

Enquanto insana eu for
Ninguém poderá de mim, nada cobrar
Enquanto nesse torpor
Esqueço de toda a minha dor

Enquanto durar a anestesia
Se não tenho alegria
Desaparecem os problemas
E abrem-se as minhas algemas...

(Nane-19/01/201)





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