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segunda-feira, 9 de janeiro de 2012
O verme
O verme corrói a alma torturada
Tal qual dilacera o corpo de carne
Enquanto apodrece na tumba fechada...
Mas a alma é viva
E sente a laceração
Com o cheiro da podridão...
O verme não se cansa
Abre túneis por onde passa
Lacerando o corpo inteiro...
A alma se aflige
A dor é intensa
Em mais nada pensa...
O verme persiste
Luta por si
Sobrevive da decomposição
A alma desiste
A dor a consumiu
Se entrega ao verme
O corpo acaba
O verme se sacia
A alma não descansa
Um outro verme
Corrói a alma
Agora sem corpo
Que fétida se desespera
No enxofre do inferno
Onde foi depositada...
O verme a corrói
Lentamente...a corrói
Mas a alma...não morre
(Nane - 09/01/2012)
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