terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Conversa...

Deus e eu...
Aprendi que ele é bom, paciente, benevolente. Aprendi também, quando criança, que ele era um velho que portava na mão um tridente que expelia raios toda as vezes que eu cometia um pecado. Cresci com essa imagem de Deus, que mais tarde reconheceria em Netuno. Cresci com medo desse Deus que eu achava arrogante e metido a estrela. Deus que te exige estar sempre acima de tudo e de todos, de ser o mais amado, de nunca invocado em vão (como se eu soubesse o que é ser vão para ele). Cresci achando que não gostava muito de Deus, apenas o temia, como pobre mortal que sou. Tentei na adolescência me aproximar dele, mas parece que ele sempre pegou meio pesado comigo. Eu segui seus mandamentos como podia e entendia, e eu não desacredito dele, pelo contrário, acredito e muito até, mas a minha fé não basta, ou eu não estava preparada para aguentqr o frio que ele acha que eu tenho que passar. Eu até gosto dele, mas não concordo com os desígnios que ele quer prá mim. Me dá sim o livre arbítrio, mas não ajuda em nada se não faço o que ele quer. Deus não dá mole para mim. EStá sempre me testando e cobrando fidelidade, no entanto eu já nasci infiel. Nem mesmo aos meus princípios, se é que os tenho, sou fiel.
Agora ele tenta uma aproximação...mas exige muito de mim. Não sei se quero lutar de novo por isso, não nesse momento. Agora eu apenas cumpro resignadamente as suas ordens, como um empregado que obece ao patrão, afinal ele tem o poder. O todo poderoso manda (mesmo que te digam que tens livre arbítrio), ele pode. Eu, obedeço, enquanto posso. Não sou funcionário padrão e tenho consciência disso. Faço apenas o necessário para garantir o pão de cada dia.
Deus, me perdoe se sou franca, mas isso é o que eu penso de você. Quanto ao que pensa de mim (se é que pensa em mim), não estou nem aí.

(Nane - 23/02/2010)

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