Expondo as vísceras estropiadas
Sangrentas e com cheiro nauseabundo
Enojando sentidos de quem observa
E na calada da noite
Olhos não faltam
Para virem o que não querem
Mas fixados e perplexos, olham
Aguardam feito abutres
O desenrolar de tudo
Esperando a fatia cabida
À cada um dos cães famintos
Retalhado e mutilado
Não tenho reação
Gritar inocência não adianta
Os fatos induzem à mim
Vibram e comemoram os incautos
Vou pagar pelo que não fiz
É preciso um Judas, eis-me aqui
A pena em questão...é a morte
Melhor assim do que ter o pescoço navalhado
Em plena mídia televisiva
Matem plenos de todos os fatos
E deixem-me morrer no anonimato
E se de fato tirei a vida de alguém
Que me julguem e condenem
Mas se não o fiz...
Tende piedade de vós o dono da vida
Tende piedade de vós o dono da vida
(Nane-16/01/2015)
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