terça-feira, 13 de janeiro de 2015

DEUSES



Meus deuses se fazem ímpares
E seus Olimpo está em cada esquina
Onde eu dobro sem saber
O que me aguarda na quebrada

Maldita ou bendita
Cruzo com seus desmandos
Instigada pelo álcool
Ou pelas dúvidas da fé

Meus deuses são profanos
Reciclados pela história
Distorcida e evasiva
Sem me dar certeza alguma

Meus deuses caminham lado a lado
Com o pecado e a impureza
Da vida humanizada e desaforada
Perdida numa mesa de bilhar

Meus deuses não me protegem
Dos karmas poliglotas
Que nem sabem o que dizem
Quando embriagados me acompanham

Meus deuses se perdem
Nos meus devaneios
De poeta sem cabrestos
Em poesias com sentidos

Meus deuses são filósofos
Preocupados com a razão
Esquecendo que quem manda
É o insensato coração...

(Nane-13/01/2015)



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