Já se faz tarde
A noite bateu à porta
O crepúsculo levou o dia
Ao oriente recém chegado
As costas das mãos enrugadas
Ao digitar letras salteadas
É o mais doloroso dos espelhos
Mesmo que eu acabe por quebrá-lo
O sol arde e brilha intensamente
Num verão louco de 50º
Mas em mim já se fez noite
Sou poesia sem sarau
No limiar das profundezas
A um passo do abismo
O caminhar trôpego e vacilante
Conduz à noite alta
A indolência indiferente
Feito chicote retalhador
Envenenando meus sentidos
Apagando os meus dias
Não aguento mais
Se já é noite em mim
Por que não o apagar das luzes
No meu ocidente
O dia já se foi...
(Nane-21/01/2015)
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