Angústia
A pressão é física
Ar rarefeito
Respiração pesada
Corpo cansado
Mente do diabo
Que mente pra me agradar
Ou mesmo sufocar
Mataram covardemente
Quatro dos meus gatos
Achados na rua da amargura
Então misturo as sensações
Do fracasso e da impotência
E rasgo o verbo em poemas
Que se não dizem nada
Alivia a insanidade
Da minha mente perturbada
E carente de atenção
Mataram covardemente meus gatinhos
Que me faziam carinhos
Em troca de ração
Me perco em maluquices
Que me passam pela cabeça
Uma vontade louca de sumir
Arrancar os cabelos com as mãos
Surtar e me deixar prender
Estourar meus miolos ensandecidos
E correr sem paradeiro
Mataram covardemente meus bichanos
Por motivos desconhecidos
Ou apenas por serem notívagos
Uso suas mortes
Para esquecer dos meus problemas
Foco nesse infortúnio
Empurrando com a barriga o meu
O ar ainda está rarefeito
E o diabo pronto para atacar
Me envenenando como aos meus gatos
Mataram covardemente meus gatinhos...
(Nane-09/01/2015)
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