quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

POETA ROUXINOL




Pássaro noturno
Sou eu e minha poesia
Escondido na timidez do meu trinado ( rimas)
Por vezes desencontrado

Companheira e amiga, a madrugada
Dá guarida aos meus devaneios
Arrancados das profundas do meu ser
E adormecidos ao amanhecer

Rouxinol esquecido da sua rota
Sobrevoo num círculo sem pouso
Numa mesma e sistemática retórica
Sem nenhuma consistência

Cantar na madrugada
Não sou ave de mau agouro
É que a solidão me inspira
E escrevo (trino) melhor

Sou ave solitária
Sem ninho e sem livro
O meu canto é uma missão
Que depena a minha alma

Escrevo meus trinados
Solitários e doloridos
Se um dia outra ave ouvir
Quem sabe me fará sorrir

Pássaro soturno
Escondido na madrugada
Trinando palavras vomitadas
Do cume do meu âmago

(Nane-07/01/2015)



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