sábado, 17 de janeiro de 2015

DES/APEGOS

Morrer é consequência da vida
E quando me for, irei de bom grado
Mas serei um defunto inconformado
Se o maior dos meus sonhos não for realizado

Talvez eu vá sem me apegar
Aos laços que deixarei
Mas a tristeza sob os meus olhos fechados
Irá comigo

Levarei a certeza de que por um só instante
Toda a minha (então) vida valeu a pena
Quando se fez infinito o seu olhar
Ao pousar sobre o meu

Foi, com certeza a mais bela das poesias
Que eu, por força do destino
Não consegui transcrever
Mas vi nascer dentro de mim

E foi tão intenso e veemente
Descortinando mentiras e verdades
Lavrando sentimentos adormecidos
Abrindo sequelas eternas

Talvez, na imensidão do meu sono
Irei sonhar de novo
Com o maior dos meus sonhos
Que em vida não pude realizar

(Nane-17/01/2015)



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