sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

O INQUILINO

O ataúde aguarda o inquilino
Que frio, não tem pressa
O contrato está assinado
A moradia decorada

Impassível, o inquilino espera
Quem virá saudá-lo
Na sua vivenda diminuta
Tão escura...

Não esboça qualquer sentimento
Não se importa se virão
Aguarda o ataúde que o guardará
Das aves de rapina

Se dia ou noite
Se sol ou chuva
É chegada a hora
De tomar posse

Assume o espaço
Ninguém vai despejá-lo
A casa é sua
Durma em paz

Se veio alguém
Se alguém chorou
Se alguém sorriu
Ele mudou e não disse adeus

(Nane-16/01/2015)

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