Estouram meus miolos
Numa dor lancinante
Fatiados e servidos
Ensanguentados e frios
A madrugada me cobra
O tabaco acabado
A nicotina no cérebro
Servido e desmiolado
Agita a adrenalina
Exalta a cava braquial
Na madrugada previsível
De temporal cerebral
A cerveja está quente
É meio de semana
Desequilíbrio sistemático
Da maldita nicotina
Misturam-se os assuntos
Convergem num mesmo ponto
Cerveja sem cigarros
Suicídio sem morte
Deitar é prolixo
Fingir morrer e adormecer
A droga é o pesadelo
Assombrando a noite escura
Não quero parar de escrever
São tantas as ideias
E quando deito elas se proliferam
Sem conseguir saírem
Se perdem de mim
E eu as perco
Poesias indefinidas
Em mim
A pressão subiu, é verdade
17/12 no momento
Estouram meus miolos
Numa dor lancinante
Rima com rocinante
Cavalo de um maluco
Nem sei qual foi o seu final
Mas o meu...também (ainda) não sei
(Nane-15/01/2015)
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