terça-feira, 13 de janeiro de 2015

VAZIO

O tempo passa depressa
Parece voar...
Aquele já longínquo 13 de novembro
Levou sua presença física
Tirou nossa convivência diária
Deixou a saudade em seu lugar
E o vazio apertando os gargomilos

Onde anda você agora
Que não sabia andar sozinha
E pedia sempre a minha mão
Para atravessar as ruas que te assustavam
E as travessas que te faziam se perder
Em meio à multidão

Esse silêncio incomoda
Esse não saber machuca
A sua voz se diluindo em meus sentidos
Essa falta da sua mão na minha
E esse maldito vazio tão cheio de você
Marejando meu rosto soturno

O tempo parece se arrastar
Aumentando mais ainda a sua ausência
Levando embora seus sinais (vitais)
Falsificando a minha paz
E me privando do seu amparo
Quando eu corria pra você

Agora restou o vazio...tão vazio
Que se encheu de saudades

(Nane- 13/01/2015)

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