A cidade enlouquecida
Solta bombas ou rojões
Sem que eu saiba defini-los
Pelo som da explosão
No noticiário da manhã
Uma mãe ensandecida
Chora o filho morto
Na sua esquina, tão perto da minha
Meu filho solto na madrugada
À caminho do serviço
Os cães ladrando num agudo
Feito lobos enfeitiçados pela lua
Até o alvorecer, não sossego
E a noite teima em demorar
Fantasmas sonoros atordoam
Os pesadelos de tantas mães
(Nane-16/01/2015)
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