sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

LÁGRIMAS DE MÃE

A cidade enlouquecida
Solta bombas ou rojões
Sem que eu saiba defini-los
Pelo som da explosão

No noticiário da manhã
Uma mãe ensandecida
Chora o filho morto
Na sua esquina, tão perto da minha

Meu filho solto na madrugada
À caminho do serviço
Os cães ladrando num agudo
Feito lobos enfeitiçados pela lua

Até o alvorecer, não sossego
E a noite teima em demorar
Fantasmas sonoros atordoam
Os pesadelos de tantas mães

(Nane-16/01/2015)





Nenhum comentário:

Postar um comentário