domingo, 18 de janeiro de 2015

LABIRINTO

Estranho lugar tão conhecido
Vazio lugar tão cheio
Vago por seus caminhos
Tateando sem saber
Onde e como me comportar

Aquelas pedras não estavam no caminho
Quando passei por lá
Mas ainda é o mesmo caminho
Por onde um dia eu andei

Me perdi num tão estreito caminho
Feito ostra sem sua concha
Exposta ao sol estorricante
Secando...se extinguindo

Estranhas pessoas circulando
No espaço tão dantes reservado
Estranho espaço tão novo
Onde me embaraço

A ponte leva a lugar nenhum
E o viaduto é corrimão de bêbado
Atravessando o trânsito cambaleante
Tonteado pelo soco do destino

O espaço vazio e frio
Não condiz com o que foi escrito
Ah...mas quem é que leu a página virada
E arrancada do livro desprezado

Um sopro gélido me bafeja
Como o carinho de um morto
Tentando consolar e conter os meus instintos
De quem se perdeu no seu (próprio) lugar

(Nane-18/01/2015)

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