quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

A DOR DE UMA POESIA

Minhas palavras são nômades
Se vestem de pétalas e de espinhos
Vagueiam pela noite e pelo dia
Tem seus escritos de alegria e de tristeza

São palavras 
desencontradas
Desequilibradas
Vociferadas

Reflexivas
Taxativas
Impulsivas
Defensivas

Mas são palavras minhas
Adaptadas ao meu eu
Ao meu melhor e ao meu pior
Reflexo escondido e bem guardado

Minhas palavras vão do céu ao inferno
No simples tocar dos meus dedos
Arrancando de mim a explosão
Ao experimentar totais sensações

Por vezes me exaurem de tal forma
Que esgotam minhas lágrimas
Ou fazem doer a barriga
No gargalhar solitário

Sou intérprete delas todas
E as sinto a todo instante
Nas vidas diversas que criam
E me fazem protagonizar

Minhas palavras são fortes
E destroem meu abrigo
Mas é só assim que sei criar
As minhas poesias rabiscadas...

(Nane-21/01/2015)




Nenhum comentário:

Postar um comentário