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quarta-feira, 23 de junho de 2010
Sem freio
Me falta vergonha na cara
Me falta discernimento
Aprender a calar, a não falar
Deixar então se danar
Me falta o freio no impulso
Ao enxergar o precipício
Talvez eu até devesse deixar
Cair e a cara arrebentar
Me falta a serenidade
De apenas aconselhar
Não consigo parar para meditar
E ninguém gosta da verdade
Me meto em situação
Que antevejo confusão
Mas quem acaba por se ferrar
É a trouxa que tenta ajudar
Pau que nasce torto
Não vou nunca aprender
São problemas tolos
Mas que tendem a crescer
Então vou abandonar
E o freio aprender usar
Agora fica a vontade
Com o que pensa ser verdade...
(Nane-23/06/2010)
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