quarta-feira, 30 de junho de 2010

Avesso


Sou o extremo
Me mostro e me rasgo
Vivo em erupção
Tal qual lava do vulcão

Sou criticada
Por me por tão a mostra
Mas não sei ser diferente
Não gosto de lastimar coisas ausentes

Me dispo inteira nos versos
Me ponho nua nas palavras que rabisco
Sou inteira sem metades
Sou meu avesso posto a mostra

Meus limites são meus horizontes
Caminho sempre para buscá-los
Ainda não os encontrei
Talvez por isso ainda não parei

Se choro e sofro por uma dor
Derramo todas as lágrimas que tenho
Mas a mágoa que faz corroer o coração
Essa eu mando embora na torrente de minhas lágimas

Sou assim...
Impulsiva e direta
Me jogo, rasgo e falo
Me acalmo, me entrego
Me olho e me vejo num rabisco...

(Nane-30/06/2010)




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