terça-feira, 22 de junho de 2010

Cão vadio


Na noite fria e escura
Ele seguiu meus passos
Me apressei quando o ouvi
Tentei me afastar mais rápido
O medo era latente em mim

Ouvia só minha respiração
Nas vielas que eu passava
Meus passos apressados
Com os dele compassados
Disparou meu coração

Podia sentir sua presença
Cada vez mais se aproximando
Correr prá onde àquela altura
Parei! Vou encarar a situação

Tão medroso e assustado
Com frio e esfomeado
Malhado, sujo e mal amado
Cão vadio abandonado

Deixei que se aproximasse
Lambeu-me a mão
Pediu meu carinho
Seguiu meu caminho...

Chamei-o Salvador
Dei a ele o meu calor
E ele retribuiu com seu calor
Hoje ele é também o meu amor

(Nane-22/06/2010)

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