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quarta-feira, 23 de junho de 2010
Martírio da alma
Saudade em mim
Queimando assim
O peito agoniado
E o coração atormentado
É a saudade latente
Pulsando o sangue
Não conseguindo esconder
A lágrima furtiva do meu sofrer
Ah, saudade que bate
Envenena a alma
Fazendo-a entristecer
E de amores se perder
Ah, saudade que dói
Parece saltar de dentro de mim
Querendo seu rosto esculpir
Da própria saudade que há em mim
Sou metade sem a parte amada
Perdida da minha totalidade
Sou voz que sofre calada
No martírio da minha saudade
(Nane-23/06/2010)
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