quarta-feira, 16 de junho de 2010

Marcas no corpo


Em cada ruga que vejo
No rosto cansado refletido
No espelho da minha vida
Vejo as marcas do que vivi
Ou das que deixei de viver

Sonhos que sonhei
Fantasias que não realizei
Viagens que não embarquei
Ruas por onde andei

Murcharam-me as mãos
A pele está quebradiça
As marcas do tempo que passou

Jovens correm na noite fria
Em busca de companhias
Não olham para mim
Sequer percebem minha presença
Caquética na noite fria
Andando sem destino

Sigo andando
Em busca do que, não sei
É só o destino
Fazendo acontecer
Com medos
Fantasmas
Vou desbravando as esquinas
Vou fechando o armário
Vou esquecendo de mim...

(Nane-16/06/2010)

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