terça-feira, 6 de março de 2012

O estranho


Cedinho...na beira do mar
Espumas feitas da ira
Das ondas que quebram nas pedras
E lá...distante...o horizonte

Um estranho se aproxima
Senta ao meu lado
Não fala, observa
O mar calado...

Me tira a concentração
Desvio meu olhar
Um mixto de medo e curiosidade
Enquanto ele...segue a olhar  (o mar)

Passa o tempo
Não sei precisar
Sobe a maré
Que molha meus pés

Horas a fio
Palavra nenhuma
O estranho e o mar
Ninguém a falar

O sol a pino
Bronzeia a pele
Suada e calada
Arrepio de frio

Por fim me levanto
começo a caminhar
Num único instante
Me fulmina com o olhar

Não tem um sorriso
Desvia os olhos
Torna a perdê-los
Na direção do mar...

(Elian-06/03/2012)



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