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sexta-feira, 16 de março de 2012
Peito implodido
O grito se cala num silêncio
Que toma todo o espaço do peito
Ecoa estridente no cérebro
Mas morre na ponta da língua
Exausto...calado
O corpo sente a pressão
Parece querer descansar
Mas o pensamento acelerado
Mantém o corpo cansado
Ainda que parado
O olhar se perde na fumaça
Que sobe do cinzeiro ao lado
O teclado,por vezes embaçado
Faz tec, tec, tec, e na tela
Palavras em vão, vão se formando
Um diário cibernético
Junta rabiscos de um poeta
Pessoas de várias partes do mundo
Leem, mas nem sempre percebem
A lágrima que tempera as palavras
Se fosse numa folha de papel
Por certo borraria o rabisco
Mas na frieza da tecnologia
Se faz de forte o poeta
Que rabisca esta poesia
Tec...tec...tec...
(Elian-16/03/2012)
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