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segunda-feira, 2 de abril de 2012
Culpas e culpados
Sentimentos conflitantes
Brigam por espaços
Sou boa e sou má
Agradecida e ingrata
Em momentos de angústias
Revoltada comigo mesma
São culpas sem culpados
Ou culpados sem culpas...
Os olhos ternos que me olhavam
Entristeceram na minha impaciência
Enquanto a minha juventude
Se perdeu na minha obrigação
São culpas sem culpados
Ou culpados sem culpas...
O verbo vocifera
Num brado incontido
Calado pelas lágrimas
Que vertem furtivas
Dos olhos que me olharam
São culpas sem culpados
Ou culpados sem culpas...
A alma sabe do errado
Mas não contém o corpo que clama
Conflitando desejos e obrigações
Liberdade e prisão
Estancando decisões
São culpas sem culpados
Ou culpados sem culpas...
E virá o tento final
Quando esses mesmos olhos
Que um dia me olharam
Tornará a me olhar
Cara a cara à me julgar
E eu terei de encarar
E a minha conta apresentar
Então, por fim saberei
Se houve culpas sem culpados
Ou culpados sem culpas...
(Elian-02/04/2012)
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