quarta-feira, 25 de abril de 2012

Lago dos afogados

Silêncio...reflito
No céu azul de Brasília
Tantos sonhos, desejos, aspirações
E nas torres com suas calotas
Quantos sonhos afogados
No lago que margeia
A arquitetura arrependida
Do mago Niemeyer
Os contrastes absurdos
Dos barões abastados
Puxando pelo cabresto
Afogando sem piedade
Projetos de futuro
Do cidadão abnegado
No lago do Congresso
Se matam os pobres pais
Sem forças para a luta
Na criação de suas crias
Enquanto o coronel
Faz parte da C.P.I
Que há de mandar o moto boy
Entregar, ainda quentinha
A encomenda do Congresso
Na arquitetura arrependida
Do mago Niemeyer
Ah...lago madito
Que afogou meus sonhos e planos
Quando feito cordeiro
Me entreguei aos lobos
Procurando proteção
É a sina do povo
É a vida dos poltrões
É a turba adormecida
É prenúncio de revolução
No despertar da massa insana
É o Brasil...brasileiro

(Elian-25/04/2012)

Nenhum comentário:

Postar um comentário