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segunda-feira, 9 de abril de 2012
Sepulcro poético
O poeta calou...
Suas palavras silenciaram
Foram sepultadas em seu peito
Cimentadas numa lápide
Sem rimas, sem métricas
Não tem mais trovas
Poemas e poesias
Perderam-se no vento
Entristeceu o poeta
Perdeu a inspiração
Acabou a imaginação
Num vácuo...vazio
Enterrado vivo
Numa verve sem verbo
Sem mais razão de ser
Num calar dolorido
Sem nenhuma despedida
Somente folha em branco...
Recolhe-se o poeta
Na insignificância de seus rabiscos
Que nunca dizem nada
Que nunca produzem nada
Que nunca saem do projeto
De um livro inacabado
E já não mais tão desejado
Foi só mais um sonho sonhado
De um poeta fracassado
Que jogou cal na lápide
E sepultou no seu peito
Palavras sem sentidos
Poesias sem rimas
Coração sem mais...inspiração
(Elian-09/04/2012)
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