sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

UMA NOITE DE VERÃO



O gosto da boca beijada
rejeitado pelas papilas
acostumadas com o paladar
da outra boca fechada.

O calor dos corpos se abraçando
Gera o suor e o cheiro
repelido ao olfato sensível
acostumado ao odor perdido

O cio inflamado do sexo
aviltado e resfriado
quando na ênfase do ato
o êxtase se desfaz

As pernas abertas se fecham
trancando o prazer acumulado
na vã tentativa de um prazer
já impossível de se ter

Relaxa a compulsão do corpo
negligenciando o lirismo
enquanto enche de vazio
o pulsar da emoção

É tarde e outro dia se anuncia.
A noite que prometia ser quente
esfria...
É melhor ir para casa dormir.

(Nane-27/02/2015)

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