O tempo me dá tempo demais
E toma de mim
O tempo em mim
Reviso e revejo
Todos meus preceitos
Jogados na privada
Tantos valores vãos
Impondo desassossegos
Nas noites de insônia
Hoje a brisa me acaricia
Como a se desculpar
Pelo empurrão do vendaval
Que lançou no vazio
No clímax do furacão
Meus delírios temporais
A noite me acolhe
Liberando a fragilidade
Escondida na carranca
Postada na proa
Da embarcação
Que me reveste a alma
Não sou da água
E nem da terra
O ar me falta
O fogo,,, a muito se apagou
Um quinto dos quatros
Dispersou os elementos
Transformando em estranheza
Meu ser bizarro
A arca se fechou
Impedindo a entrada
Dois e dois são quatro
E eu,,, sou ímpar
(Nane-20/02/2015)
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