quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

AMASSANDO A MASSA



A turba em polvorosa
Ameaça a baderna
Azeitando a máquina
Da discórdia retumbante

A massa amassada
E escravizada
Escuta vozes levantadas
Pelos novos chacais

Na escola se ensina tudo
Bacharéis, cardiologistas e engenheiros
Ainda não fundaram a cátedra
Da honestidade e da política

Enquanto se exige do gari
O diploma mediano
Me representa o analfabeto
Fazendo a turba de palhaço

Direita ou esquerda
Não sou soldado
Meu lado foi cercado
Por hienas carniceiras

Os braços fortes usados
Conquistaram o penhor
Da igualdade desigual
Dos filhos desta terra

Mata-se e morre-se por tão pouco
Na terra adorada
Que entre outras mil
Chamam de Brasil

Agitam-se os novos chacais
Pronto a devorar seus pais
E conduzir a massa necessitada
De amor e de esperança

Nada vai mudar
O rio só vai se desviar
Mas continuará a correr para o mar
Na pátria mãe gentil

(Nane-11/02/2015)

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