A paz que eu procuro
Perdeu-se no instante
Em que eu me perdi
De mim
A voz que me fala
Calou-se no instante
Em que a minha falou
O que não quis ouvir
A indiferença à vida
Se instalou em mim
Quando deixei de ser notada
Pela vida em mim
A viagem da vida
Em túneis etários
Se arrastando na velhice
Injusta
A estrada que me resta
Fere-me os pés
Que tentam alçar voo
Em direção a efemeridade
É efêmera a minha paz
É efêmera a minha vida
É concreta a indiferença
É inevitável o meu voo
(Nane-21/02/2015)
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