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terça-feira, 1 de maio de 2012
Primeiro de maio
Manhã de um domingo que tinha tudo para ser mais um
como tantos outros. O sol brilhava, a preguiça no corpo,
o compromisso com o ídolo, tão Silva quanto eu. A TV ligada,
espero a largada...
No semblante do ídolo uma nuvem negra avisa...ninguém
percebe, ninguém vê, nem ele, que apenas presente um
não sei o quê de insatisfação, de preocupação.
Eu largada num sofá, lânguida, sem coragem de levantar...
É dada a largada...o show vai começar...o ídolo na pista
se transforma em máquina.Ele e o carro são um só. Se
completam e se confundem, o homem e a máquina.
Os pneus ganham o asfalto com precisão, a velocidade
é companheira...irmã do ídolo que guia com maestria.
O ídolo na sua terceira corrida da temporada, parecia
preocupado. Alguma coisa estava sem o brilho que
sempre com ele estava. Duas corridas sem vencer,
uma inclusive em sua terra...idolatrada. Ele precisava
vencer...era seu destino ganhar...sempre. Estava em
segundo...faltava só um. Acelera Ayrton! O silva do
mundo que orgulhava milhões...na décima nona volta
a Tambulello desponta...Ímola vai imolá-lo, ele acelera...
A Tamburello...o carro tão parceiro o trai...culpa de quem?
Mecânicos, diretores, médicos, dono, do próprio Ayrton...
O que importa agora...ele se foi. Partiu e me privou
das manhãs preguiçosas de domingo...dos shows
do seu bailar nas pistas do mundo.
Já são dezoito anos sem Senna...Eu devo confessar,
não gosto de fórmula um, gostava de ver o Silva
do Brasil.
Ayrton Senna da Silva! Ídolo e exemplo de um povo
sofrido e determinado.
Ayrton Senna da Silva! A minha saudade eterna...
(Elian-01/05/2012)
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