quinta-feira, 3 de maio de 2012

Uma linha reta

Sentei numa pedra, em frente ao mar
As ondas molhando meus pés
O sol fraco...a brisa fria
E eu olhando o horizonte perdido...
Lá onde não tem nada
E se confundem o céu e o mar
Eu olho e não vejo nada
Olho apenas por olhar...
Estou no quebra-mar
Molhando meus pés
Olhando o vazio tão cheio
Pensando no que pensar
Ou no que devo escrever...
Se ao menos eu visse algo
Que me fizesse pensar
Nas cores do mundo
Sem as suas dores
Sem suas artrites nas juntas
Nas juntas do mundo
Que não se curva
Por saber que dói...
As ondas no quebra-mar
Molham meus pés
Atingem meus joelhos
Que sentem frio
Mas não tenho artrite
Ainda os dobro
No quebra-mar...
Eu olho o horizonte
Sem nada pensar
Sem nada escrever
Não vejo nada além de céu e mar
Não sei quem é quem
Mas eles estão lá...no horizonte
É...o horizonte não está perdido
Ele existe em algum lugar
Deve ter artrite e não pode se dobrar
É só uma linha reta além do mar...

(Elian-03/05/2012)

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