sábado, 19 de maio de 2012

Torrente de lágrimas


E daí se chorei...
Te vi pela primeira vez
Não aguentei...chorei
Derramei lágrimas 
Que não sei dizer
Tinham um gosto estranho
De felicidade
De medo
De coragem
De novo
De neto...
Chorei sim
E meu rosto se desfigurou
Nos olhos avermelhados
Que viram e reviram
Um flash back misturado
De presente e passado
Esperando num futuro
Um homem digno formado
Enquanto enxergavam
Num berçário...um bebê
Frágil e tão imenso
Chorei o choro das avós
Que se sentem continuar
Na vida de quem nasce
Das entranhas de sua alma
Sem por um momento me importar
Com a minha face
Desfigurada pelas lágrimas
Que jorraram nos meus olhos
Mas com nascente no coração...
Chorei naquele momento
Em que vi minha continuação
Pulsando e se debatendo
Com força e determinação
De um grande (e futuro) cidadão

(Elian-19/05/2012)




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