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quarta-feira, 25 de março de 2015
SINA DE MÃE
Rasga teu ventre ensanguentado
Cuspindo a semente germinada
Entre amnióticos líquidos
Jorrados de tuas entranhas
Beija a cabeça coroada
Pelos dejetos abençoados
No instante supremo
Do teu grito lacerante
Aconchega em teus braços
Fazendo silenciar
O choro de estranheza
Do despejado de teu ventre
Sirva-lhe ainda quente
O néctar da vida
Da glândula em flor
Desabrochada em teus seios
Cortaram-lhe o cordão
E já não mais está em ti
Paristes teu filho
Mas não o teu destino
Proteja-o sob as tuas asas
Até quando puder
Mas quando aprender a voar
Entregue-o ao Criador
E reze...
(Nane-25/03/2015)
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