Soprou um vento brando
Levando consigo
A poeira deixada pelo furacão
A poeira deixada pelo furacão
Partículas de tantas coisas
Misturadas na areia fina
Indo embora...para longe
Misturadas na areia fina
Indo embora...para longe
A brisa não move a folhagem
Sopra um carinho apenas
Enquanto inerte no chão
Sopra um carinho apenas
Enquanto inerte no chão
Os pássaros ainda cantam
E a vida continua intacta
Depois da tempestade
E a vida continua intacta
Depois da tempestade
Crianças brincam e se divertem
Em meio a tanta confusão
Na vida virada do avesso
Em meio a tanta confusão
Na vida virada do avesso
É a natureza se refazendo
No corpo e na alma da terra
Judiada e guerreira
No corpo e na alma da terra
Judiada e guerreira
É meu corpo despindo-se da alma
Purgando todos os seus pecados
Metaforizado numa poesia
Purgando todos os seus pecados
Metaforizado numa poesia
O vento brando varre os vestígios
Como a querer deletar lembranças
Que ferem o corpo debilitado
Como a querer deletar lembranças
Que ferem o corpo debilitado
É minha alma prisioneira
Como a querer romper cicatrizes
Em busca da porta de saída
Como a querer romper cicatrizes
Em busca da porta de saída
De que nariz sou dona
Se do corpo ou da alma
Impossível saber
Se do corpo ou da alma
Impossível saber
Talvez seja de um nada
E me perca num hiato
Vivendo sem nenhuma haste
E me perca num hiato
Vivendo sem nenhuma haste
Um terceiro ser inábil
Sem lugar certo nenhum
Esperando para nascer
Sem lugar certo nenhum
Esperando para nascer
Sentindo o carinho da brisa
Que sopra sem força nenhuma
Enquanto gesto inerte...
Que sopra sem força nenhuma
Enquanto gesto inerte...
(Nane - 13/03/2015)
Nenhum comentário:
Postar um comentário