Então me vem essa vontade louca
De não ter mais vontade nenhuma
Das vontades conflitantes
Que habitam sem vontade, em mim
E me vejo em desatino
Demente em demência
Num surto equilibrado
De uma insanidade sã
Então me lembro da pessoa
Que me acusa de mentirosa
Sem saber que na mentira
Vive a minha única verdade
Se é loucura a platonice
É normal minha sandice
E vou as vias de fatos
Na minha cretinice
Melhor morrer essa vontade
E ficar sem vontade nenhuma
Da maior das minhas vontades
Que mora em mim, sem permissão
Então escuto suas vontades
De ver dizimada as minhas
Até o instante em que te der vontade
De sentir, de novo, as minhas vontades
E na minha sandice
Percebo o disparate
E o tamanho da minha tolice
De estar sempre sujeita às tuas vontades
(Nane - 11/03/2015)
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